O juiz da 129ª Zona Eleitoral de Campos (RJ), Leonardo Cajueiro, acolheu na sexta-feira (09) o pedido de liminar da coligação Um Governo de Verdade e determinou a retirada de todo conteúdo ofensivo ao candidato Wladimir Garotinho (PSD) publicado no site denominado Tá Rolando na Cidade.
O magistrado considerou que a página promove noticiários depreciativos e ofensivos contra o candidato da coligação e ao mesmo tempo enaltece o governo do prefeito Rafael Diniz (Cidadania), que disputa a reeleição.
O envolvimento de pessoas ligadas à secretaria de governo com o site levou os aliados de Wladimir Garotinho a denominar o núcleo de “gabinete da maldade”. O grupo estaria operando ataques virtuais nos altos da Rodoviária Roberto Silveira, sede da secretaria de governo.
A página está registrada no nome de uma pessoa nomeada em cargo comissionado na administração municipal. Levantamento realizado pela Agência Fonte Exclusiva mostra que o registro está em nome de Heraldo Fonseca da Silveira.
Ele está nomeado desde o dia 02 de janeiro de 2017 como assessor Especial no gabinete do prefeito Rafael Diniz. Segundo dados do Portal da Transparência, a nomeação é como símbolo DAS-4.

Já no Facebook, a página teria como um dos administradores o secretário de Governo, Alexandre Bastos. Este episódio poderá provocar a primeiro pedido de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) nesta campanha sucessória.
OUTRO LADO
Neste sábado (10), a página Tá Rolando Na Cidade estava fora do ar, com a informação de que está em fase de reformulação.
Em contato com a reportagem de Fonte Exclusiva, o secretário de governo Alexandre Bastos negou que seja responsável pela página do site no Facebook.
Segundo ele, a iniciativa de criar o site e a página no Facebook foi de Sérgio Assed, que já atuou na Prefeitura como cargo comissionado, mas que atualmente estaria desligado do governo e dedicado a campanha do candidato à Câmara de Vereadores, Juninho Virgílio (PROS), e ao ex-vereador Thiago Virgílio.
“Não sou responsável por administração de páginas e também não tenho envolvimento com criação dessas plataformas”, disse Bastos.
Advogados da coligação Um Governo de Verdade destacaram que já solicitaram informações ao Facebook e partir do detalhamento pretendem ingressar com ações judiciais. Caso seja comprovado o envolvimento de outras pessoas nomeadas no governo, os advogados afirmaram que entre as medidas, estudam “ingressar com ações para provar a existência de uma suposta associação criminosa”.