Em uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) na cidade de Campos dos Goytacazes, Norte Fluminense, o promotor Eleitoral, José Luiz Pimentel, pede a cassação da chapa Wladimir Garotinho (PSD) e Frederico Paes (MDB), prefeito e vice eleitos no pleito do ano passado.
O fundamento do pedido se baseia na disseminação de notícia inverídica durante a campanha eleitoral, quando em suas páginas nas redes sociais, o então candidato Wladimir Garotinho associava a imagem do então candidato Caio Vianna (PDT) ao então prefeito Rafael Diniz (Cidadania), que enfrentava um intenso desgaste.
Ele informava sobre uma suposta aliança entre Caio e Rafael para ameaçar servidores municipais.
O que fortalece o parecer do promotor não é a retórica, mas o mecanismo utilizado para disseminar o que o Ministério Público qualifica de informação falsa contra um oponente ou Fake News.
Segundo o Ministério Público, Wladimir Garotinho utilizou dinheiro do Fundo Eleitoral para propagar a suposta informação falsa. Ele teria gasto de R$ 1 mil a R$1,5 mil, alcançando de 90 mil a 100 mil visualizações nas redes sociais por meio de postagem patrocinada com dinheiro público.
Para o MP, a disseminação desta informação desequilibrou o pleito, em que Wladimir venceu Caio Vianna com uma diferença pouco superior a 11 mil votos no segundo turno.

Na AIJE Wladimir já apresentou as razões de defesa, negando as acusações. Agora, com a manifestação do Ministério Público, o processo vai à julgamento em primeira instância.
Não se trata do único problema do prefeito de Campos. No âmbito do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Wladimir já enfrenta o julgamento de uma outra AIJE, ainda remanescente da eleição de 2018, quando se elegeu deputado federal.
Neste processo, a acusação é mais pesada. Um assessor de Wladimir, atualmente nomeado em cargo comissionado, teria buscado associação com o tráfico para o então candidato realizar carreatas no Parque Eldorado, na periferia da cidade.
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