Policiais da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DCRI) com apoio do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ), realizam, na manhã desta segunda-feira (21), uma operação contra uma organização criminosa suspeita de controlar pelo menos 20 páginas em redes sociais para extorquir políticos de municípios da Baixada Fluminense e Costa Verde.
Os agentes cumprem um mandado de prisão preventiva e oito de busca e apreensão pela prática dos crimes de extorsão, delitos contra a honra, falsidade ideológica e uso de documentos falsos.
O homem apontado como líder da quadrilha, Igor Patrick de Souza, utilizava a divulgação de notícias falsas em redes sociais, desde 2017, para extorquir e cometer crimes contra as vítimas. Ele não estava em casa no momento da ação e já é considerado foragido.
Segundo a polícia, as páginas nas redes sociais usavam aparência de canais de informação e serviam para a prática de extorsão com grande número de vítimas. Os principais alvos eram políticos, como deputados estaduais, federais, vereadores e até prefeitos.
A investigação também aponta que a quadrilha atuava de forma empresarial. Quando um político não aceitava pagar por propaganda na página de notícia focada em temas de sua cidade, se transformava em alvo de constantes ataques e divulgação de fake news.
De acordo com o MP, liderados por Igor, os demais integrantes da quadrilha identificados como Felipe Dias Dodó, Andressa Aline Pimentel de Carvalho, Rodrigo Menezes de Vasconcellos, Danyella Jesus da Silva e Sinaria de Carvalho da Silva desenvolvem suas atividades através de duas pessoas jurídicas, Folha de Caxias e a Informarketing Publicidade, responsáveis pela publicação de notícias jornalísticas em redes sociais.