A pandemia está escancarando a verdadeira face do capitalismo ocidental. Nos aeroportos dos EUA e Europa, caixas de máscaras destinadas a diferentes países estão sendo retiradas de aviões que aterrissam para reabastecimento.
Os países ricos chegam a pagar o triplo do preço de mercado para vencer leilão de respiradores que originalmente seriam destinados aos governos da África e da América Latina, segundo revela reportagem do The New York Times.
É a “pirataria moderna” de governos como de Donald Trump, nos EUA, e Emmanuel Macron, na França, que tentam garantir suprimentos para suas respectivas populações, estabelecendo uma competição para adquirir o material escasso destinados a combater o coronavírus nos países pobres.
O poder financeiro, portanto, garante primazia no fornecimento de equipamentos como máscaras, cuja demanda global provocou escassez, levando muitos países pobres a buscarem ajuda da Unicef.
A agência da ONU está tentando comprar 240 milhões de máscaras para 100 países, mas até agora só conseguiu 28 milhões.
Enquanto isso, países como o Brasil seguem ameaçados por uma pandemia que avança sobre as populações urbanas. Em regiões, como o Estado de São Paulo, falta material para exames em massa, um reflexo do que acontece em todo o país. Segundo boletim epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde, 30 mil exames estão na fila de espera para investigação.