O Escritório do Crime, que coordena uma das milícias mais temidas do Rio de Janeiro, é alvo da Operação Tânatos, deflagrada pelo Ministério Público (MPRJ) e as polícias Civil e Militar nesta terça-feira (30). O grupo é especializado em cometer assassinatos por encomenda.
Além dos mandados de prisão, estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão. Dois suspeitos foram presos durante as diligências.
A operação é resultante de três denúncias apresentadas pelo MPRJ, que descrevem os crimes cometidos pelo grupo, que tinha ligação com Adriano Magalhães da Nóbrega, conhecido como “Capitão Adriano”, que foi denunciado em janeiro de 2019 e ficou foragido até fevereiro deste ano, quando foi morto por policiais militares no interior da Bahia.
O alvo principal da operação é Leonardo Gouvea da Silva, o Mad, apontado como o número dois do capitão Adriano. Ao ser preso, ele afirmou: “Não tenho nada com a morte da Marielle.”
Adriano era muito ligado Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro. Sua mulher e filha trabalhavam no gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia do Rio.
Segundo o MP, o Escritório do Crime atua de forma agressiva e planejada, com trajes que impedem identificação visual, como balaclavas (máscaras que cobrem praticamente todo o rosto), que dão poucas chances de defesa para a vítima.
“A organização possui estrutura ordenada e voltada, sobretudo, para o planejamento e execução de homicídios encomendados mediante pagamento em dinheiro ou outra vantagem”, diz a nota do MPRJ.