Empresas de ônibus ameaçam pedir recuperação judicial e denunciam dificuldades de diálogo com o prefeito Rafael Diniz;
Da redação
Representantes de sete empresas que atuam no transporte coletivo de Campos dos Goytacazes, no interior do Estado do Rio, anunciaram que pretendem paralisar as atividades, caso os representantes não sejam recebidos pelo prefeito Rafael Diniz (PPS). Eles querem encontrar uma solução para a crise no setor. Em algumas empresas, os rodoviários estão com três meses de salários atrasados.
Os empresários denunciam defasagem nos preços das passagens, elevação nos custos operacionais, além da concorrência predatória das vans e outras modalidades de transportes clandestinos. A crise no sistema se acelerou após o fim do programa de passagem subsidiada. VÍDEO:
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“É uma concorrência estabelecida sem licitação, de forma ilegal, que disputa passageiros nos pontos de embarque provocando um completo esvaziamento de demanda para as empresas. Sobram para os ônibus os passageiros que viajam gratuitamente, como idosos e estudantes”, diz um empresário do setor, que é signatário de um documento com pedido de audiência protocolado na Prefeitura de Campos.
Para enfrentar a crise, os empresários já reduziram os horários de circulação. Pela manhã os coletivos operam a partir das 5h da madrugada, retornando às garagens às 10h. Neste intervalo os passageiros só tem opção de vans e lotadas em veículos de passeio. O sistema só voltar a operar a partir das 15h40min, encerrando todo o expediente às 22h20.
Para equalizar preços diante do aumento no custo operacional de Campos-RJ, os empresários afirmam que a tarifa terá que ser estipulada em R$ 3.90 para as passagens urbanas e R$ 6 para os distritos.
Levantamento realizado pelas empresas aponta que em regiões como Baixada Campista, por exemplo, cerca de 300 vans e lotadas operam de formal ilegal fazendo concorrência com as empresas.
Mas o transporte alternativo, por outro lado, tem funcionado como válvula de escape para desempregados. É um setor informal que se tornou uma opção de renda mínima e que cresce assustadoramente à revelia da legislação.
*Agência VIU!