Policiais da delegacia do Leblon prenderam, neste fim de semana, Ronaldo Alves da Rocha, conhecido como Caveira. Ele é suspeito de ter agredido um professor na Praia de Ipanema, Zona Sul do Rio. As informações são do G1.
Os agentes o encontraram em uma área de mata em Piabetá, em Magé, na Baixada Fluminense. Ele não resistiu à prisão.
O professor, que no momento em que foi agredido se exercitava na praia, na altura da rua Vinícius de Moraes, teve de receber 100 pontos em várias partes da cabeça e em uma das orelhas.
“Estava de olhos fechados, tinha acabado de me alongar. Quando me deparei, estava o Caveira e uma mulher, praticamente em cima de mim com uma cruz falando: ‘Sai, Satanás! Sai, Satanás!’. Eu me levantei e tentei tirar a cruz dele e a garrafa da mulher. Quando eu vi, passou uma pessoa por fora, atrás, e me agrediu na cabeça. Eu fiquei desfalecido. Logo em seguida, os bombeiros chegaram e me levaram para o Miguel Couto”, relembrou a vítima.
Segundo a polícia, Ronaldo já tinha dez passagens por agressões e ameaças, registradas a partir de 2003. Desta vez, ele foi indiciado por tentativa de homicídio.
Agora, os investigadores querem identificar as outras pessoas que participaram da agressão ao professor.
Os policiais informaram que, nos últimos meses, Ronaldo e pelo menos mais dois comparsas vinham ameaçando constantemente moradores de Ipanema e Leblon.
“O agressor responde por diversas ocorrências criminais. É comum ele agredir pessoas aleatórias sem qualquer motivação aparente. A vítima [o professor] ainda relatou que não houve qualquer possibilidade de oferecer resistência à agressão. Como os golpes foram desferidos na cabeça, percebe-se a intenção de matar”, explicou a delegada Natacha Alves de Oliveira.
Antes da prisão, os policiais chegaram a procurar o agressor em um apartamento em Ipanema – ele moraria no imóvel. No local, encontraram dois objetos que podem ter sido usados contra a vítima. Um deles era uma cruz de madeira com facas nas pontas.
“Nunca tinha passado por isso na minha vida. Foi uma situação tão dramática. Uma pessoa daquele tamanho, quase dois metros de altura, junto com uma mulher, entendeu? E vindo para cima. Quando você abre os olhos, fica apavorado, não sabe o que fazer. Foi desesperador”, afirmou o professor.