Apontado como responsável pelo gasto do Fundo Partidário do PSL com candidaturas de fechada, ex-ministro será convocado pela bancada de oposição no Senado;
A reportagem da Folha de São Paulo sobre os candidatos laranjas do PSL na eleição do ano passado derrubou a primeira peça no tabuleiro do governo Jair Bolsonaro.
O presidente consumou nesta segunda-feira (18) a demissão do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, o homem apontado como responsável pelo gasto de verbas do Fundo Partidário com candidaturas de fechada.
Em nota oficial divulgada pelo porta-voz da presidência, Bolsonaro agradeceu a dedicação de Bebianno e desejou “sucesso em sua nova caminhada”.
“O excelentíssimo senhor presidente da República decidiu exonerar, nesta data, do cargo de ministro, o senhor Gustavo Bebianno Rocha. O senhor presidente da República agradece sua dedicação à frente da pasta e deseja sucesso na nova caminhada”, disse o porta-voz Rêgo Barros, citado pela reportagem da Agência Brasil.
Para a vaga do ex-ministro, será nomeado o general Floriano Peixoto. A pasta é responsável pela implementação de medidas para modernizar a administração do governo e avançar em projetos em curso. É uma das pontes entre o Palácio do Planalto e a sociedade. O ex-ministro será convocado pela bancada de oposição no Senado para explicar o episódio.
ENTENDA O CASO
Bebianno, presidente do PSL na época da campanha eleitoral, é suspeito de irregularidades no repasse de recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha para candidatas do partido.
Questionado, Bebianno negou participação nas irregularidades.
“Reitero meu incondicional compromisso com meu país, com a ética, com o combate à corrupção e com a verdade acima de tudo”, disse o ministro, em nota divulgada na semana passada.