O ex-governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), é um poço de ressentimentos e não esconde suas mágoas.
Cassado por um processo de impeachment em abril deste ano, em função dos escândalos de corrupção na saúde durante a pandemia, ele agora optou pelo denuncismo contra o sucessor Cláudio Castro (PL), o secretário de governo Rodrigo Bacellar e o presidente da Alerj, André Ceciliano (PT).
O ódio também mira o senador Flávio Bolsonaro (Patriota), filho do presidente Jair Bolsonaro. É a este grupo que Witzel atribui o seu inferno político.
Para confrontar esses adversários, o ex-governador alimenta uma série de denúncias reunidas em documentos visando uma judicialização em ano eleitoral.
Nesta campanha vingativa, Witzel não está só. Ele estaria utilizando o modus operandi do ex-governador Anthony Garotinho contra Sérgio Cabral. E o próprio Anthony Garotinho estaria nas sombras, orientando diretamente esta cruzada.
A maior demonstração da aliança Witzel e Garotinho está nas movimentações em Campos dos Goytacazes, onde o grupo de Anthony Garotinho, por meio de um gabinete do ódio que opera dentro da Prefeitura de Campos, passou a publicar as denúncias de Witzel contra Bacellar, o adversário local, Castro e Ceciliano.

Esta publicidade se dá por meio de blogs de cabos eleitorais da família Garotinho, que estão nomeados em cargos comissionados na Prefeitura de Campos.
A Prefeitura de Campos é governada por Wladimir Garotinho (PSD), filho de Anthony Garotinho, que por ironia do destino, está filiado ao Patriota, mesmo partido de Flávio Bolsonaro.
Nos planos garotista, Witzel não serve apenas para atingir um adversário local. Garotinho ainda trabalha com a hipótese de se viabilizar para o processo eleitoral de 2022, assim como a esposa Rosinha Garotinho.
Se isso acontecer, a família terá candidato ao Palácio Guanabara. Até lá, Claudio Castro será apenas um aliado circunstancial e depois um adversário em potencial.