Notícias sobre construção do terminal da Edison Chouest pode ter sido estratégia para abafar agenda negativa |
Seguindo o exemplo da Anglo American que decidiu congelar suas atividades no mineroduto Minas-Rio, a empresa finlandesa Wärstilä também decidiu de forma mais sútil congelar (“hibernar”) suas atividades no Porto do Açu (RJ), em São João da Barra, no Norte Fluminense.
Este fato da realidade pode explicar todo o alarde e promessas grandiosas que foram trombeteadas na imprensa corporativa nos últimos dias em relação ao empréstimo que foi aprovado para a construção do terminal da Edison Chouest no Porto do Açu.
É que no frigir dos ovos, somada as duas suspensões, sobram poucas coisas operando dentro do porto idealizado pelo ex-bilionário Eike Batista. Como se pode antever que a construção do terminal privado da empresa estadunidense não vai ser tão rápida quanto tem sido anunciada, o ano de 2016 deverá ser marcado por muita contenção (e por que não aflição) na Prumo Logística, operadora do Porto. A ver!
Fábrica em “hibernação”
Por Natalia Viri
Menos de um ano após inaugurar uma fábrica do Porto do Açu, em São João da Barra (RJ), a finlandesa Wärstilä paralisou no mês passado as atividades por tempo indeterminado por conta de adiamentos, feitos a pedido de clientes, do prazo de entrega de encomendas.
A unidade fabrica geradores e propulsores para navios e plataformas. Entrou em operação em março de 2015, com investimentos da ordem de 20 milhões de euros.
Procurada pela coluna, a empresa disse que a fábrica está em “hibernação” e que a produção será retomada “tão logo sejam confirmados os novos prazos por parte dos clientes”. Por questões contratuais, não revelou quem eram os destinatários das encomendas.
A Wärtsila ressaltou ainda que a maior parte dos funcionários foi realocada para outras unidades.
A finlandesa foi uma das primeiras empresas a se instalar na área do complexo industrial do Açu, idealizado pela LLX, de Eike Batista – hoje, rebatizada de Prumo Logística e sob o controle do fundo americano EIG.