Promovendo um trabalho social e de inclusão de jovens e adolescentes da Portelinha, uma das comunidades mais vulneráveis de Rio das Ostras (RJ), no Norte Fluminense, a Associação Égide está encerrando suas atividades a partir do dia 15 julho por falta de apoio.
De acordo com a assistente social, Clécia Nascimento, uma das fundadoras da Ong, nos últimos quatro anos, desde que foi criada, os trabalhos são mantidos por meio de doações e graças aos médicos, odontólogos, professores e outros profissionais que atuam voluntariamente nos projetos que são mantidos em uma espaço cedido pela Igreja Católica.
“A situação se tornou insustentável. O dentista que trabalha voluntariamente no projeto, por exemplo, além de doar sua força de trabalho, agora tem que doar também o material para o trabalho não parar”, destacou a assistente social durante entrevista ao jornalista Roberto Barbosa, no programa Direto da Redação, na sexta-feira (30).
Em Rio das Ostras, Baixada Litorânea e Região dos Lagos, o programa é transmitido pela FM 104.9 (Energia FM).
A Égide mantém um trabalho com grande alcance social, que inclui alfabetização de crianças e adolescentes, aulas de reforço escolar, contação de histórias, dança, música, teatro e esportes. São mais de 500 pessoas atendidas e 70 famílias assistidas.
A assistente social lembra que fazem parte do cronograma de atividades os cursos de geração de renda, como artesanato, assistência à saúde com médicos, psicólogos e passeios socioculturais.
A Ong é fruto de um trabalho voluntário empreendido pela assistente social Clécia e a psicóloga Thaini Duarte desde 2019, depois que conheceram a Portelinha por meio de um trabalho que desenvolviam na Cruz Vermelha.
Além dos profissionais da área de saúde, a entidade conta com a cooperação de gastrônomos, nutricionistas, contadores, educadores, físicos, músicos, técnicos de enfermagem, estagiários e outros voluntários.
“Temos uma fila de espera de famílias querendo inserir os filhos nas atividades, mas estamos informando que para o segundo semestre todas as atividades já estão suspensas”, disse Clécia Nascimento.