Camila de Andrade Pires Marodim, de 27 anos, conhecida como “trafigata”, foi presa nesta quinta-feira (10), em Curitiba, após violar o monitoramento eletrônico. Ela cumpre prisão domiciliar desde dezembro por associação ao tráfico, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa pelo Ministério Público do Paraná (MPPR).
No pedido de prisão, o órgão citou que a acusada violou quinze vezes o monitoramento eletrônico, sendo seis por causa do perímetro e nove porque o equipamento ficou sem bateria.
Ao pedir o retorno da acusada para o regime fechado, o promotor Alfredo Andreazza Dal Lago afirmou que “as medidas cautelares alternativas à prisão preventiva não se mostram adequadas e proporcionais à periculosidade concreta e a contumácia delitiva da acusada, sendo insuficientes para a garantia da ordem pública”.
Entenda como foi o atentado
A prisão acontece dez dias após Camila sofrer um atentado próximo a sua casa. Ela foi alvo de 20 tiros, mas escapou sem ferimentos. Na ocasião, o advogado da acusada mencionou um pedido para que ela pudesse transitar por outros lugares.
“Estamos estudando para endereçar ao juiz que conceda a ela liberdade para que possa se deslocar a um outro estado e lá permanecer com uma sensação um pouco maior de segurança”, declarou o defensor Claudio Dalledone.
Traficante faz parte de organização criminosa

De acordo com o MPPR, Camila é acusada de chefiar uma organização criminosa com mais de 30 pessoas, ligada ao tráfico de drogas que mascarou o patrimônio de veículos de luxo e propriedades, avaliados em cerca de R$ 4 milhões.
Camila foi presa, em novembro do ano passado, em uma operação da Polícia Militar (PM) que terminou com a morte de uma pessoa e a prisão de outras 15.