O Rio de Janeiro vive um dia de caos nesta terça-feira (29). As greves dos rodoviários e dos garis por melhores condições de trabalho deixaram os moradores da cidade em estado de alerta.
A paralisação em parte do transporte público começou à meia-noite e atingiu os ônibus urbanos convencionais e do BRT. Ela foi definida em reunião dos rodoviários na noite de segunda (28).
Em assembleia, os trabalhadores decidiram pela greve para reivindicar a recomposição salarial de acordo com a inflação acumulada desde 2019. A Rio Ônibus, por outro lado, argumenta que a tarifa congelada há três anos e os aumentos no preço do diesel impedem o reajuste dos salários dos motoristas e cobradores.
A Mobi Rio, responsável pelo BRT, chegou a obter liminar no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) declarando que a paralisação é ilegal, mas os três corredores do transporte – Transolímpico, Transoeste e Transcarioca – estão sem operação nesta terça.
Em relação aos coletivos convencionais, poucos são avistados pelas ruas da cidade. Apesar disso, a Rio Ônibus garante que 50% de sua frota está operando.
Diante da situação, a prefeitura da capital fluminense sugeriu a utilização de trem, metrô, VLT e balsas como alternativas para locomoção até o trabalho.
O MetrôRio avisou que, em caso de necessidade, vai estender seu horário de pico para atender a demanda da população, assim como o VLT. A frota de ônibus intermunicipais foi aumentada, enquanto as vans foram autorizadas a mudarem seus trajetos para deixar passageiros em estações de trens, BRTs e barcas.
Greve dos garis
Além das poucas opções para transporte, os moradores do Rio de Janeiro estão sofrendo com a falta de limpeza das ruas nesta quarta. Isso porque os garis da cidade também entraram em greve.
A paralisação foi definida em reunião do Sindicato dos Empregados de Empresas de Asseio e Conservação do Município do Rio, que representa os trabalhadores da Comlurb, na tarde da última segunda (28).
Tendo em vista que a coleta de lixo é considerada essencial para o funcionamento da cidade e respeitando a legislação, um contingente mínimo está trabalhando nesta terça.
Moradores da capital fluminense, porém, relatam que o lixo está acumulando pelas calçadas da cidade.
De acordo com o sindicato, os trabalhadores listaram quatro reivindicações: reajuste de 25% nos salários, reajuste de 25% no tíquete alimentação, conclusão do Plano de Cargos Carreiras e Salários (PCCS) e implantação do Adicional de Insalubridade para os Agentes de Preparo de Alimentos (APAs).
As informações são do Yahoo.