O professor da Unesp de Bauru (SP) Ricardo Nicola foi morto com 25 facadas, que atingiram o tórax, abdômen, costas e cabeça, segundo as investigações da polícia. A vítima, que tinha 52 anos, foi encontrada morta na casa onde morava, em Jaú (SP), no último dia 17 de março.
Na segunda-feira (5), a Polícia Civil fez a reconstituição do crime. Dois suspeitos, de 20 e 32 anos, estão presos, mas a polícia descartou a participação de um deles e também de outras pessoas na morte do professor. Os dois foram presos ainda no dia 17 de março, em São Paulo, com o carro, celular e documentos da vítima.
Segundo investigações, apenas o jovem de 20 anos estava na casa do professor. A polícia também informou que ele era amigo do professor havia bastante tempo e costumava frequentar a residência dele. Conforme relato do suspeito à polícia, ele agrediu Nicola com uma faca da cozinha após a discussão.
De acordo com o delegado Marcelo Tomaz Goes, o jovem “confessou o crime com riqueza de detalhes”. Ele disse à polícia que matou a vítima depois que os dois se envolveram em uma discussão, que se iniciou quando eles ainda chegavam à casa do professor para jantar.

O delegado informou que o jovem não contou à polícia o motivo da discussão e alegou ter fugido para São Paulo com o carro, celular e outros pertences da vítima por “ter ficado desesperado com o ato praticado”.
Ainda de acordo com o relato do suspeito à polícia, ele não tinha a intenção de matar Nicola para ficar com seus pertences, especialmente o carro. No entanto, essa versão ainda é investigada pela Polícia Civil, que apura um suposto latrocínio.
De acordo com a Polícia Civil, imagens de circuito de segurança revelaram que o jovem deixou a casa do professor e seguiu com o carro dele sentido capital na madrugada do dia 17 de março. Depois, encontrou o outro suspeito, de 32 anos, em um albergue em São Paulo.
Segundo apurado nas investigações, as agressões começaram em um dos quartos da casa e terminaram na sala, onde a vítima foi encontrada morta.
Outras diligências foram feitas na terça-feira (6) em São Paulo e a polícia vai apurar se os suspeitos chegaram a tentar vender o veículo da vítima. Se descartada a participação do suspeito de 32 anos também na receptação, a Polícia Civil vai pedir a revogação da prisão preventiva dele.
As informações são do G1.