Wallace Palhares, presidente da Liga-RJ, que cuida dos desfiles das escolas de samba da Série Ouro, já está prestando depoimento, na 6ª DP (Cidade Nova), no inquérito que apura as responsabilidades sobre a morte da menina Raquel Antunes da Silva, de 11. Ela teve o corpo imprensado entre um poste e um carro alegórico, numa das ruas de acesso ao Sambódromo.
O acidente ocorreu na noite do dia 20. Raquel não resistiu aos ferimentos e morreu dois dias depois no Hospital Souza Aguiar, no Centro do Rio. Além dele, há previsão que mais duas pessoas sejam ouvidas, entre elas o motorista do carro alegórico, que estava sendo rebocado no momento do fato.Usando o Instagram da filha, Marcela Portelinha se defendeu de críticas nas redes sociais de que teria responsabilidade na morte da filha Raquel Antunes da Silva.
— Oi, eu sou uma anjinha, não posso responder por mim, então é minha mãe que está falando com todos vocês. Sou eu, Raquel. Vim dizer que amo todos vocês e estou vendo o sofrimento de vocês por mim. Todos que estão criticando a minha mãe, Marcela. A culpa não é dela. Subi por conta própria. Não tenho muito tempo para falar. Mãe, eu te amo. Seja forte e corajosa. Não temas e não desanime. Sou teu Deus — diz o texto publicado no Instagram de Raquel.
Marcela prestou depoimento em 25 de abril na 6ª DP (Cidade Nova). Ela chegou à delegacia chorando, pouco depois das 13h, amparada por outras três mulheres, e deixou o local por volta das 15h40, por uma porta lateral e sem falar com jornalistas.

As investigações ainda estão em andamento. A Polícia Civil investiga o fato como homicídio culposo, quando não há intenção de matar. A delegada Maria Aparecida Mallet, titular da 6ª DP, disse que vai comparar as imagens de um vídeo que flagrou o momento do acidente com os depoimentos de um motorista da alegoria e de uma guia do carro, que manobrava na Rua Frei Caneca, na área externa do setor de dispersão.
A delegada Maria Aparecida Mallet disse que vai aguardar o resultado de três perícias, entre elas o laudo complementar, para saber exatamente como ocorreu o acidente com a menina Raquel Antunes da Silva. O inquérito tem 30 dias para ser concluído, a contar da data da instauração.
As informações são do Extra.