Só em 2019, 15 brasileiros morreram por afogamento por dia, o que representou cerca de 5,5 mil óbitos só naquele ano, segundo levantamento da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrada).
O diretor médico da instituição, David Szpilman, explica que consumir bebidas alcoólicas aumenta o risco de afogamento. Mas segundo ele, a maior parte dos afogamentos ocorre por conta de atitudes desmedidas em rios, mar, piscinas e cachoeiras.
Em São João da Barra, Norte Fluminense, só nos primeiros 15 dias da temporada de verão, o serviço de salvamento marítimo contabilizou o resgate de 17 pessoas que estavam se afogando.
Para atuar no serviço de salvamento, os guarda-vidas monitoram banhistas em 32 quilômetros da orla do município, que vai do Pontal de Atafona à praia do Açu, além das lagoas de Grussai, Iquipari e Açu.
De acordo com o coordenador da Defesa Civil Municipal, Marco Antônio Ribeiro da Silva, a maior incidência de afogamentos no município são registrados na praia de Grussai, envolvendo crianças e adolescentes.
Só nos últimos três dias cinco pessoas foram salvas pelos guarda-vidas da Prefeitura e outras quatro por agentes do Corpo de Bombeiros.
“Estamos com uma equipe treinada atuando de segunda a domingo, das 9h às 17h, e pela primeira vez contamos com uma guarda-vidas mulher que está atuando na praia do Açu”, disse Marco Antônio.
Em Cabo Frio, na Região dos Lagos, um turista de Minas Gerais morreu afogado na Praia do Peró. O corpo foi encontrado no dia seguinte na Praia Brava.
Já em Macaé, um jovem de 22 anos morreu no último final de semana ao dar um mergulho na Praia de Imbetiba. Ele teria se batido com a cabeça em uma pedra durante um mergulho. O corpo do jovem, que seria morador do Rio de Janeiro, foi resgatado na segunda-feira (17).
Perigo em praias e piscinas
Os adolescentes têm o maior risco de morte. Já entre crianças de um a nove anos, seis em cada dez mortes por afogamentos ocorrem em piscinas ou residências.
No caso de crianças, o médico David Szpilman, faz um alerta aos pais para identificar os riscos em outros lugares considerados inusitados, como baldes e máquinas de lavar.
A Associação Brasileira de Salvamento Aquático alerta ainda que, das 15 mortes diárias por afogamento em 2021, uma ou duas ocorrem com pessoas que estão tentando salvar outra pessoa que já está se afogando. Por isso, a recomendação é lançar na água algo que flutue, ou buscar avisar um guarda-vidas ou bombeiro, que são profissionais especializados em salvamentos na água.