Os profissionais da Saúde que atuam no Centro de Controle e Combate ao Coronavírus (CCCC), em Campos dos Goytacazes (RJ) estão reclamando de exaustão e pedem revezamento.
A situação, segundo eles, é de exaustão de toda a equipe médica, que vem atuando na unidade de saúde há cerca de um ano. A médica Cynthia Cordeiro, coordenadora da unidade usou as redes sócias para desabafar sobre a situação das equipes que trabalham no local.
“Há 1 ano o CCC abriu as portas. A pandemia já havia sido decretada. Os profissionais de saúde servidores municipais de Campos suspenderam a greve e se apresentaram para relotação nos atendimentos de emergência (UPHs, HFM, HGG e CCC). Não tivemos a opção de não ir. Fomos convocados pela prefeitura e pelo dever como profissionais d saúde na luta contra uma doença que assolava o mundo. Angústia, medo, dúvida, exaustão. Ficamos doentes. Perdemos pacientes, amigos e familiares. Após 1 ano, estamos no pior momento da pandemia em nossa cidade. Já não temos mais leitos e nem ventiladores para todos. Não queremos ser holofotes. Não queremos medalhas de heróis. Queremos entendimento da população sobre o q está acontecendo. Queremos entendimento dos poderes públicos frente aos nossos problemas. Precisamos ser ouvidos” desabafou a médica.
O município têm nesta quarta-feira (31), 54 pessoas aguardando um leito de UTI na rede pública destinado ao tratamento de covid19. A informação foi postada pelo prefeito Wladimir Garotinho em uma rede social nesta quarta-feira.
Com um ano de funcionamento o CCCC realizou mais 30 mil atendimentos, 1.268, e quase 2 mil internações pelo novo coronavírus. Campos contabiliza 838 óbitos pela doença durante toda a pandemia.
Toda equipe médica da unidade de saúde que funciona anexo ao Hospital Beneficência Portuguesa assinaram uma carta endereçada ao prefeito Wladimir Garotinho, pedindo o rodízio dos profissionais, que estão atuando, de forma ininterrupta, desde que o Centro de Combate ao Coronavírus começou a funcionar, em 30 de março de 2020.