Em novo pedido de informações endereçado ao prefeito de Campos (RJ), Wladimir Garotinho (PSD), um morador do município pede cópias do contrato de trabalho celebrado entre o secretário Municipal de Administração e Recursos Humanos, Wainer Teixeira de Castro, e o município.
Segundo documento protocolado na Prefeitura no último dia 13, o morador informa que no ato de sua nomeação no início deste ano, o secretário ostentava vínculo empregatício com a Fundação Benedito Pereira Nunes (Faculdade Medicina de Campos), beneficiária de repasses financeiros da Prefeitura.
O secretário, além do duplo vínculo empregatício, ainda estaria acumulando remuneração. Ele é um dos 114 técnicos citados por Wladimir Garotinho em campanha, que teriam uma fórmula administrativa milagrosa para recuperar o maior município do Norte Fluminense da crise econômica, social, na saúde e por fim ao colapso no sistema de transporte coletivo.
“O pedido tem lugar para instrução de Ação Popular visando a nulidade dos atos administrativos lesivos à administração, vez que, na admissão do serviço público, o referido agente público ostentava, e ainda ostenta, vínculo empregatício com a Fundação Benedito Pereira Nunes – Faculdade Medicina de Campos – que recebem repasses de recursos públicos municipais, mediante convênio, sendo certo que o referido secretário estaria acumulando remunerações da no município e na Fundação, o que, em tese, entende o Requerente ser de manifesta ilegalidade”, diz um trecho do pedido de informação.

O acesso à informação no âmbito da administração pública é um direito estabelecido por lei aos contribuintes, mas no caso do município de Campos, as informações oficiais do município só vêm sendo obtidas mediante mandados de segurança assegurados pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ).

O número de pedidos de informações sinalizam que o governo Wladimir Garotinho caminha para uma judicialização mais acentuada do que foi o governo de sua mãe, a ex-prefeita Rosinha Garotinho, que governou o município entre os anos de 2009 e 2016.
Rosinha encerrou uma administração conturbada, com secretários presos e posteriormente condenados.