O apoio do União Brasil à reeleição do governador Cláudio Castro (PL) passa longe da política na cidade de Campos, a notória república do chuvisco e terra da fofoca. Passa a léguas de distância também do imbróglio envolvendo a eleição da mesa diretora da Câmara de Vereadores.
O grupo ligado ao deputado Rodrigo Bacellar (PL) continua coeso em torno da questão que envolve a vitória na eleição da mesa diretora e não abrirá mão de continuar lutando judicialmente pela validade do resultado que deu vitória ao vereador Marquinho Bacellar (SD) na eleição da presidência.
O pleito foi antecipado pelo atual mandatário do legislativo local, Fábio Ribeiro (PSD), no afã de manter-se no comando da casa pulando de qualquer altura. Pulou e se machucou.
O direito dos 13 vereadores que venceram a eleição antecipada é bom e no atual estágio de golpe legislativo, em que uma minoria continua no comando da casa ao arrepio da lei, dificilmente sobreviverá ao julgamento do mérito em qualquer tribunal colegiado que tenha zelo pelos ditames da Constituição Federal.
Sem contar que se convocar nova eleição, a oposição tem maioria para vencer e não será surpresa se ampliar o placar. O vereador Dandinho de Rio Preto, por exemplo, que é da bancada governista e votou na chapa de Fábio Ribeiro, atualmente está engajado na campanha de Rodrigo Bacellar e Caio Vianna (PDT). Numa eventual nova eleição da mesa, estaria disposto a votar com a oposição. Outros dois parlamentares da bancada governista também demonstram a mesma disposição.
O acordo recente que resultou no apoio incondicional de Anthony Garotinho à reeleição do governador Cláudio Castro, é um acordo apenas centrado na sucessão estadual. Outro detalhe: não teve o menor envolvimento do deputado Rodrigo Bacellar. Portanto, qualquer interpretação de condicionantes locais é puro delírio.