Por 54 votos a 1, o diretório nacional do PSOL aprovou a expulsão do deputado federal Cabo Daciolo (RJ) dos seus quadros. O parlamentar foi punido pelas atitudes que vinha tomando no exercício do seu mandato e que desagrava a cúpula da legenda.
A expulsão ocorreu na noite de ontem (16/05), durante reunião do diretório nacional em Brasília. O partido decidiu que não irá à justiça reivindicar o mandato parlamentar de Daciolo.
A decisão pela expulsão foi baseada em parecer da Comissão de Ética do partido, acionada pelo diretório do Rio de Janeiro, que acusou o deputado de atuar em desacordo com o estatuto e o programa partidário. De acordo com o PSOL, a notificação oficial ao deputado será feita ainda nesta semana.

Daciolo apresentou proposta de emenda à Constituição (PEC 12/15) que propõe alterar o trecho da Carta Magna que afirma que “todo poder emana do povo” pela frase “todo poder emana de Deus”, ferindo a concepção do PSOL na defesa do Estado laico, além da cobrança feita pelo deputado para que o partido se engajasse na defesa de policiais militares da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha, acusados pelo assassinato do ajudante de pedreiro Amarildo, morto em junho de 2013.
De acordo com o parecer da comissão de ética, a posição do deputado de defender os policiais da UPP “vai na contramão do engajamento de militância do partido na campanha Cadê Amarildo? e na luta contra a criminalização dos moradores das periferias”.
Com a expulsão do Cabo Daciolo, a bancada do PSOL na Câmara passa dos atuais cinco para quatro deputados federais.
*Com informações da Agência Brasil