*Da redação
Em carta lida por seus advogados nesta segunda-feira (30), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou que não sairá da prisão para o regime semiaberto, conforme prevê o benefício de progressão da pena.
O ex-presidente diz que “não reconhece a legitimidade do processo [do tríplex do Guarujá] e da condenação que foi imposta a ele”, segundo informa reportagem da Folha de São Paulo.
“Quero que saibam que não aceito barganhar meus direitos e minha liberdade”, diz um trecho da carta.

Nesta segunda-feira (30), a juíza Carolina Lebbos pediu a Polícia Federal (PF) o envio de um histórico de conduta do ex-presidente para analisar a possibilidade de progressão do regime. A magistrada é responsável pela execução penal do ex-presidente.
O advogado de Lula, Cristiano Zanin Martins, no entanto, afirmou que ainda não foi notificado da decisão. Ele salientou que qualquer decisão da defesa levará em conta a vontade de Lula.
“O ex-presidente não aceita qualquer condição imposta pelo Estado à sua liberdade. O Estado não pode impor a qualquer cidadão o cumprimento de uma condição”, disse.
A defesa do ex-presidente informou que entrará com petições no STF solicitando urgência nos julgamentos dos recursos que podem anular as condenações de Lula no âmbito da Lava Jato.
Um dos recursos alega a suspeição do ex-juiz Sérgio Moro, atualmente ministro da Justiça e Segurança Pública. O caso começou a ser analisado em junho, mas ainda não está concluso para julgamento.
Também continua pendente de julgamento o pedido de suspeição dos procuradores da República que integram a força-tarefa da Operação Lava Jato.