Para limpar a barra do governo Bolsonaro com a opinião pública, o ministro da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos, quer evitar imagens de caixões nos cemitérios.
Na coletiva de apresentação do Plano Pró-Brasil, nesta quarta-feira (22), ele fez uma apelo para que a imprensa não dê tanto destaque às imagens de covas, caixões e mortes.
É a diplomacia do quartel tentando sensibilizar os veículos de comunicação a adotar uma espécie de censura por livre e espontânea vontade, evitando imagens que provoquem impacto junto a opinião pública. Para facilitar o entendimento com a imprensa, os generais teriam afastado o gabinete de ódio liderado por Carlos Bolsonaro, vereador no Rio e filho do presidente Jair Bolsonaro. Ele é apontado como comandante da turma da maldade da comunicação oficial que opera dentro do Palácio do Planalto.
Em outra frente, os estrategista iniciaram um processo de cooptação de deputados do Centrão. A turma está sendo sensibilizada com oferta de cargos, o famoso toma lá, dá cá. Esta frente tenta esvaziar o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
O governo também tenta criar uma peça de marketing com o Plano Pró-Brasil, que prevê o lançamento de obras públicas para turbinar a economia interna. O plano promete obras públicas quando o país precisa de testes e respiradores para evitar mortes por Covid-19.
Mas salvar vidas não está entre as prioridades do governo, que desistiu de antecipar a ajuda de R$ 600 à título de ajuda emergencial para famílias de baixa renda. O que se pretende, a partir de agora, é a forçar o fim do isolamento social. O que o Plano Pró-Brasil desenha, na verdade, é uma grande tragédia.