O Reino Unido anunciou nesta quarta-feira (02), que deve começa a vacinar sua população contra Covid-19 na próxima semana. Profissionais de saúde deverão estar entre os primeiros a serem imunizados.
A Rússia já havia anunciado a imunização de equipes de saúde e, ao mesmo tempo, da população como um todo. Nesta quarta-feira, o presidente russo, Vladimir Putin, pediu que a vacinação em massa comece na próxima semana.
No Brasil, o Ministério da Saúde anunciou, na segunda (1°) que idosos, profissionais da saúde e indígenas terão prioridade de imunização, mas ainda não há data prevista para o início da aplicação das vacinas.
Veja, abaixo, o que se sabe sobre os planos de vacinação contra a Covid-19 de cada país que já anunciou estratégia de imunização:
Brasil
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou nesta quarta-feira que o Brasil receberá, entre janeiro e fevereiro, um primeiro lote de 15 milhões de doses da vacina contra a covid-19 do laboratório AstraZeneca, desenvolvida em parceria com a Universidade de Oxford e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Em audiência no Congresso, Pazuello fez um alerta sobre a real capacidade de os laboratórios internacionais entregarem grandes volumes de vacinas ao Brasil. De acordo com ele, quando as negociações avançam, a quantidade disponível para o estabelecimento de um cronograma confiável se mostra muito abaixo do esperado.

Erasmo Salomão / ASCOM MS
“Ficou muito óbvio que são muito poucas as fabricantes que têm a quantidade e o cronograma de entrega efetivo para o nosso país”, afirmou.
“Quando a gente chega no final das negociações e vai para cronograma de entrega e fabricação, os números são pífios.”
O ministro também fez críticas à propaganda feita em torno das vacinas, que sugere que já estaria tudo pronto para
o início da imunização. “Na campanha publicitária, está tudo bem e maravilhoso, mas, quando você vai apertar, é bem diferente”, criticou o ministro.
“Quando você vai efetivar a compra, não tem aquilo que tu quer, o preço não é bem aquele”, completou, sem citar um laboratório específico.
Alemanha
O país deve preparar a vacinação de 450 mil habitantes de Berlim até a metade de dezembro, segundo anúncio feito no fim do mês passado. Centros de vacinação estão sendo criados em diferentes regiões da Alemanha, e o objetivo é fazer 20 mil aplicações por dia – mas apenas em idosos e pessoas que pertencem a grupos de risco, como diabéticos, obesos e hipertensos.
Os centros de vacinação devem ficar abertos sete dias por semana, das 9h às 19h. O governo pretende convocar enfermeiros aposentados, estudantes de medicina, recepcionistas e agentes de segurança para auxiliar na campanha, segundo a emissora “RFI”.
Depois, as vacinas serão dadas pelos médicos em seus consultórios.
China
Não se sabe exatamente quantas nem quais pessoas já receberam ou irão receber uma vacina contra a Covid-19 na China, que desenvolve vários imunizantes.
Segundo a rede britânica BBC, as vacinas da estatal Sinopharm e da Sinovac, ambas ainda na última fase de testes, têm sido aplicadas em profissionais de saúde, integrantes das equipes de controle da pandemia, funcionários públicos que atuam nas fronteiras do país, empregados de empresas estatais e outras pessoas.
No início de outubro, a Sinopharm disse que centenas de milhares de pessoas já haviam recebido suas vacinas candidatas, segundo o jornal americano “The New York Times” noticiou no início de outubro.
A estatal tem dois imunizantes na corrida: um é produzido por seu laboratório em Pequim e o outro, em Wuhan, cidade onde os primeiros casos de Covid-19 do mundo foram reportados à Organização Mundial de Saúde (OMS).
Já a Sinovac, que testa sua candidata no Brasil, disse que mais de 10 mil pessoas em Pequim foram imunizadas com sua vacina, também de acordo com o “The New York Times”.
Além dessas, outras cerca de 3 mil pessoas – quase todos os funcionários da empresa – e suas famílias também aceitaram tomar a vacina, de acordo com a Sinovac.
Uma outra candidata, da CanSino, foi aplicada em militares, de acordo com a rede britânica BBC.
Polônia
Um dos países mais atingidos pela segunda onda europeia, a Polônia anunciou, no dia 2 de dezembro, que assinou contratos para adquirir 45 milhões de doses de vacinas de empresas como a Pfizer, a BioNTech, a AstraZeneca e a Johnson.
O premiê polonês, Mateusz Morawiecki, disse esperar que as vacinas fiquem disponíveis até fevereiro do ano que vem. A estratégia de vacinação do país deve ficar pronta no fim desta semana.
Reino Unido
No dia 2 de dezembro, o secretário de Saúde britânico, Matt Hancock, afirmou que idosos e pessoas em casas de repouso, incluindo funcionários, seriam os primeiros na fila de imunização. Profissionais do NHS, o serviço público de saúde do Reino Unido, também estão no topo da lista, segundo Hancock.
Rússia
No dia 2 de dezembro, o presidente russo, Vladimir Putin, pediu que a vacinação em massa comece na próxima semana, segundo a agência estatal de notícias Ria Novosti.
No fim de novembro, a Rússia havia anunciado a liberação de lotes da vacina Sputnik V para militares e ao menos um hospital.
Quando registrou a vacina, em agosto, o país disse que começaria a vacinar toda a população em outubro, mas, em novembro, o laboratório que desenvolveu e produz o imunizante afirmou que a vacinação poderia começar entre janeiro e fevereiro de 2021.
Até agora, os lotes da Sputnik V que já foram entregues em várias partes da Rússia são apenas para grupos de risco, principalmente médicos e professores, segundo o governo.
A segunda vacina produzida em solo russo, a EpiVacCorona, tem previsão de entrar em “circulação civil” no dia 10 de dezembro. A vacinação em massa com o segundo imunizante está prevista para o ano que vem, segundo a agência de notícias estatal Tass.
As informações são do G1 e do Valor Econômico.