O deputado estadual Bruno Dauaire (PSC) foi anunciado nesta terça-feira (07) como líder do governo Wilson Witzel (PSC) na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Filiado ao mesmo partido do governador, Dauaire terá a tarefa rearticular a base parlamentar do governo.
No legislativo tramita um processo de impeachment contra o governador. A liderança, portanto, será um desafio na carreira do jovem deputado, que está no seu segundo mandato e vem de uma família com tradição na política do Norte Fluminense.
Ele é filho do ex-prefeito de São João da Barra, Betinho Dauaire e seu avô, Alberto Dauaire, foi deputado estadual por sete mandatos e duas vezes secretário de estado, uma delas no governo Brizola.
A escolha do novo líder do governo se deu após a Comissão especial da Assembleia analisar a denúncia de crime de responsabilidade contra o governador e decidir, por unanimidade, retomar a contagem do prazo de 10 sessões para que o chefe do Executivo apresente sua defesa.
A decisão da comissão que analisa o processo se baseou em um parecer da procuradoria da Casa e foi acatada pelos 23 deputados que participaram da reunião, realizada em sessão semipresencial.
A decisão de Bruno Dauaire não foi bem acolhida pelo ex-governador Anthony Garotinho, que em suas redes sociais destacou não acreditar que o deputado aceitasse a tarefa sem antes consultar seus aliados.
Bruno Dauaire deverá divulgará uma nota em sua rede social nesta quarta-feira (08), afirmando que aceitou a tarefa em nome da governabilidade do Estado.
O Estado do Rio de Janeiro enfrenta uma das piores crises financeiras de sua história e a instabilidade política é um agravante. Nesta terça-feira (07), o governador esteve na Alerj acompanhado do vice Cláudio Castro e do presidente do PSC, pastor Everaldo Dias. Ele se reuniu com o presidente da casa, André Ceciliano (PT).
Pelo menos em três oportunidades, o governador teria dito: “Preciso da ajuda de vocês”. Dez deputado participaram da reunião, entre eles Bruno Dauaire, Leo Vieira (PSC), Thiago Pompolha (PDT) e Canela (MDB).
Após o encontro, ao abrir a sessão virtual, Ceciliano afirmou que nada mudou e que o processo de impeachment prossegue em seu curso normal.