O sistema bancário de todo o mundo encerra o ano de 2019 promovendo os maiores cortes de empregos nos últimos quatro anos e os problemas no setor devem continuar em 2020, porque as instituições tentam lidar com o aumento da concorrência em meio à desaceleração da economia, segundo informa reportagem do canal RT.
A estimativa é de que aproximadamente 78 mil pessoas devem perder seus empregos, pois mais de 50 bancos revelaram planos de continuar reduzindo sua força de trabalho, segundo a Bloomberg, citando documentos das empresas e sindicatos.
É o número mais alto desde 2015, quando 91.448 funcionários do setor bancário foram demitidos.
Os bancos europeus terão as maiores demissões, pois planejam cortar mais de 63.500 empregos, ou quase 82% do total. Os bancos norte-americanos estão em segundo lugar, pois planejam demitir quase 7.700 pessoas.
O principal banco de investimentos do Morgan Stanley juntou-se recentemente ao esforço de reduzir o pessoal, já que planeja cortar 1.500 funcionário, cerca de 2% de sua força de trabalho. Mas ainda está muito atrás do Deutsche Bank, que encabeça a lista de cortes de empregos planejados com 18 mil funcionários que serão demitidos até 2022 como parte de uma reforma de US$ 8,3 bilhões.
As reduções de pessoal no setor bancário este ano elevam o total nos últimos seis anos para mais de 425 mil demissões. No entanto, o número pode ser ainda maior, já que muitos bancos poderiam eliminar empregos sem divulgar seus planos.
“Embora tenha sido um mercado em alta, não há muita atividade primária e isso dificulta o pagamento das contas”, disse um diretor de investimentos da corretora AJ Bell, Russ Mold, ao Yahoo Finance UK.
Os grandes cortes deverão continuar em 2020, já que alguns analistas acreditam que o setor tendem a permanecer diante de “várias incertezas”. O banco privado multinacional suíço Julius Baer e o banco espanhol Bilbao Vizcaya Argentaria SA, por exemplo, também estão tentando reduzir sua força de trabalho.