O presidente da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, fez um alerta para os casos de pós-Covid-19, também conhecido por “Long Covid”, sintomas que poderão afetar muitos pacientes acometidos tanto nos casos mais graves como moderados da Covid-19.
Ele alerta que esses sintomas poderão ser persistentes ou ocasionais. Os mais comuns são fadiga, mal-estar após esforços e disfunção cognitiva, às vezes descrita como “névoa cerebral”.
“Há também relatos sobre falta de ar, tosse, complicações mentais e neurológicas”, destaca a doutora Janet Diaz, especialista da equipe Preparação para Cuidados de Saúde da OMS.
A especialista explicou que os pacientes com essa condição “podem ter sido hospitalizados”, mas também foi evidenciado casos naqueles com sintomas leves, que foram tratados em ambientes ambulatoriais.
Durante uma conferência de imprensa virtual, o presidente da OMS afirmou que a melhor maneira de prevenir o “Long Covid” é primeiramente prevenir o primeiro estágio da doença, que é a contaminação com a Covid-19.
De acordo com o chefe da OMS, o órgão realizou uma reunião global de pacientes, especialistas clínicos e outras partes interessadas para avançar na compreensão do “Long COVID”.
Esta reunião, a primeira de várias, teve como foco chegar a um acordo sobre uma descrição clínica da condição, que será importante para os especialistas a diagnosticarem e tratarem, disse Tedros.
Janet Diaz salientou que a condição pós-COVID-19 foi pesquisada em grupo heterogêneo de sintomas que podem ocorrer até seis meses após o diagnóstico da Covid-19.
“Ainda é necessário entender melhor essa condição. Ainda não está claro quem está em maior risco e por que isso está acontecendo primeiramente”, disse ela.