Neste ano de 2021, quando o Partido Comunista da China (PCC) estará completando 100 anos, o mundo deve ouvir com muita atenção o que diz o secretário-geral do Comitê Central, Xi Jinping.
Ele é o comandante em chefe do país com 1,4 bilhão de habitantes, uma das maiores potências mundiais na fabricação de insumos e agora vanguarda na corrida tecnológica com a conexão 5G.
Os mais recentes discursos do líder chinês demonstram que o gigante asiático continuará seguindo um modelo marxista adaptado ao seu contexto.
A China é dono de um mercado interno formidável, tem abundância de mão-de-obra qualificada e aprendeu a jogar no comércio externo. Segue firme com sua Roda da Seda, intensifica o comércio mundial, ainda que enfrente uma disputa comercial com os EUA.
Aliás, já movimenta mercadorias com o mercado europeu por meio de uma ferrovia transfronteiriça, além de manter presença na África, Oriente Médio e América do Sul.
Fundado em 1921, o PCC se tornou o maior partido marxista governante do mundo em um século. Está no poder há mais de 70 anos. Seus feitos são incontestáveis: resgatou a China da decadência da Guerra do Ópio na década de 1840, para ingressar no atual ciclo de prosperidade. Se tornará a maior potência econômica mundial até a próxima década.
Isso explica porque o governante chinês está conclamando a sociedade do país a se aprofundar na história do partido.
“A história do nosso Partido é uma história de adaptação contínua do Marxismo ao contexto chinês”, disse em recente reunião do Comitê Central, ao pedir que os correligionários “aprendam o passado extraordinário, a fim de entender como o Marxismo mudou profundamente a China e o mundo”.
E por incrível que pareça: enquanto os EUA, a meca do liberalismo adotou o protecionismo como doutrina, o gigante comunista hasteia a bandeira da globalização econômica.