Presidente do país africano está detido em sua residência juntamente com o ministro das finanças;
Os militares zimbabuanos detiveram o presidente do país, Robert Mugabe, bem como o ministro das Finanças, Ignatious Chombo, líderes do partido governamental.
Segundo fontes, o presidente vai abandonar o cargo e conseguiu chegar a um acordo com os militares para que sua esposa saia do país.
Anteriormente, foi informado que uma coluna de veículos blindados teria partido para a capital, Harare. Também houve relatos não confirmados sobre militares do país terem ocupado a emissora estatal e realizado explosões na capital.

O exército zimbabuano declarou que suas ações não podem ser qualificadas como “uma tomada militar do governo” e que os militares têm como objetivo responsabilizar os “сriminosos”.
No início de novembro, o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe, de 93 anos, afastou do cargo da vice-presidência do país e possível sucessor, Emmerson Mnangagwa, que contava com o apoio do exército.
Em 13 de novembro, o comandante das Forças Armadas do Zimbábue, Constantine Chiwenga, apelou ao presidente para acabar com os purgantes no partido governante, do qual foi expulso pouco antes.
TELEFONEMA DE JACOB ZUMA
De acordo com a agência EFE, Mugabe conversou por telefone com o presidente sul-africano, Jacob Zuma, nesta quarta-feira e confirmou que está “encarcerado em sua casa”, mas que “está bem”.
A agência também informou que em comunicado, Zuma anunciou que enviará ao Zimbábue o ministro da Defesa, Nosiviwe Mapisa-Nqakula, e o titular de Segurança, Bongani Bongo, para se reunir com Mugabe e com os comandantes das Forças Armadas, após a intervenção militar que começou ontem (14) à tarde e alimentou os rumores de um possível golpe de Estado.
O mandatário sul-africano, que também é presidente da organização regional Comunidade para o Desenvolvimento da África Meridional (SADC, na sigla em inglês), reivindicou ao governo do Zimbábue e às Forças Armadas que “resolvam o impasse político de forma amistosa”.
A África do Sul, que mantém estreita relação com o país vizinho, pediu também ao Exército do Zimbábue que “garanta a manutenção da paz e a segurança no país”.
“O presidente Zuma pediu calma e contenção e expressou sua esperança de que os eventos no Zimbábue não desemboquem em mudanças inconstitucionais de governo, já que isso seria contrário às posições tanto da SADC quanto da União Africana”, diz o comunicado.
“A SADC continuará acompanhando de perto a situação e está pronta para assistir, onde seja necessário, e resolver o impasse político”, acrescenta a nota.
*Com informações o Sputnik News e EFE