País tenta proteger riqueza interna e se prevenir contra incertezas da economia mundial;
Foto: Leonhard Foeger/Reuters
O banco central da Hungria anunciou que o país aumentou suas reservas de ouro em dez vezes, o que corresponde a 31,5 toneladas. O regulador diz que a medida busca melhorar a segurança da riqueza do país e reduzir os riscos.
De acordo com o governador do banco central hungáro, Gyorgy Matolcsy, a decisão foi de “importância estratégica e econômica nacional”, adotada depois que o primeiro-ministro Viktor Orban solicitou, há um ano, que o banco avaliasse sua estratégia de reservas em ouro.
Matolcsy também lembrou a herança da Hungria como um dos maiores produtores de ouro do mundo na Idade Média. O ouro responde por 4,4% das reservas do banco nacional da Hungria, segundo o vice-presidente do banco, Marton Nagy.
A compra do metal precioso leva as participações da Hungria ao mais alto em quase três décadas, mas o país ainda é relativamente pequeno. Está fora do top 50 mundialmente, de acordo com dados do World Gold Council.
“É um movimento estranho, um grande aumento, e parece bastante alto”, disse Timothy Ash, da Bluebay Asset Management, ao Financial Times.
Ele disse que “as pessoas estão lutando para entender a lógica por trás disso”, acrescentando que em um momento em que Budapeste estava tendo relações “desafiadoras” com Bruxelas, a medida poderia ser vista como uma afirmação de independência.
No mês passado, a Polônia elevou suas reservas de ouro para o nível mais alto (cerca de 117 toneladas) em pelo menos 35 anos.
*RT