Para conter uma ameaça de propagação de gripe aviária, conhecida como H5N8, o governo do Irã matou 1,4 milhão de aves domésticas, a maior parte, em unidades industriais da província de South Khorasan.
A informação foi divulgada pelo chefe da Organização Veterinária do país persa, Ali Asqar Makanali, neste sábado (20).
Ele explicou que o vírus se espalhou rapidamente em uma área de 15 quilômetros ao redor de uma única granja, porque os proprietários decidiram esconder a infecção das autoridades. O vírus chegou a ser detectado em 50 localidades.
O caso foi encoberto pelos proprietários, porque a fazenda poderia ter enfrentado pesadas multas por falta de segurança.
“Nenhuma granja teria permissão para incubar sem seguro”, disse o funcionário ao se referir a uma nova lei promulgada na manhã deste sábado (20), que exige que todas as granjas do Irã tenham planos de seguro.
De acordo com a agência Press TV, “o abate de 1,4 milhão de aves é relativamente raro no Irã, um país com 75 milhões de aves em 1.701 granjas”.
As autoridades iranianas estabeleceram controles rígidos nos últimos anos para conter surtos de gripe aviária em pequena escala, que chegaram a ocorrer esporadicamente no país.
Makanali assegurou que não haverá mais abates e massacres preventivos, porque a disseminação do vírus no país parece estar sob controle.
O funcionário admitiu, no entanto, que o vírus tinha quatro cepas diferentes no Irã e as autoridades estavam usando sistemas de diagnóstico molecular avançado para detectar qualquer surto de pequena escala.
As autoridades iranianas destacaram que a Organização Mundial de Saúde (OMS) foi informada por meio de uma série de “relatórios transparentes” sobre a detecção e controle de surtos da gripe aviária.