Médicos e especialistas da Organização Mundial de Saúde (OMS), acusaram uma reportagem do jornal norte-americano The New York Times de distorcer informações sobre os esforços da entidade para descobrir as origens do novo coronavírus.
O objetivo da mídia norte-americana seria promover um confronto entre os especialistas e o governo da China no momento em que há um esforço de cooperação para se desvendar a origem do novo coronavírus.
ENTENDA O CASO
Recentemente, uma missão de especialistas da OMS passou um mês na cidade de Wuhan, na China, para buscar informações que possam colaborar em novas descobertas sobre o vírus responsável pela Covid-19, doença que já matou mais de dois milhões de pessoas no mundo.
A reportagem do jornal norte-americano afirmou, citando investigadores como fontes, que as autoridades chinesas se recusaram a cooperar plenamente com as investigações, se recusando a compartilhar dados importantes que pudessem ajudar a identificar as origens do vírus e prevenir novos surtos.
This was NOT my experience on @WHO mission. As lead of animal/environment working group I found trust & openness w/ my China counterparts. We DID get access to critical new data throughout. We DID increase our understanding of likely spillover pathways. https://t.co/gwGnm9pnGj
— Peter Daszak (@PeterDaszak) February 13, 2021
Por meio de uma postagem no Twitter, o chefe da missão da OMS, o zoólogo Peter Daszak, desmentiu a reportagem do NYT e definiu como vergonhoso o jornal erroneamente especialistas da OMS para encaixar sua própria narrativa.
“Esta não foi minha experiência na missão da OMS. Como líder do grupo de trabalho animal/meio ambiente, encontrei confiança e abertura com meus colegas na China. Nós tivemos acesso amplo a todos os novos dados. Nós aumentamos o nosso entendimento sobre os prováveis caminhos”, disse.
This was NOT my experience either on the Epi-side. We DID build up a good relationsship in the Chinese/Int Epi-team! Allowing for heated arguments reflects a deep level of engagement in the room. Our quotes are intendedly twisted casting shadows over important scientific work. https://t.co/elL5qrKCxk
— Thea K Fischer, Prof. i PH Virus Inf. og Epidemier (@TheaKFischer) February 13, 2021
A epidemiologista dinamarquesa Thea Kolsen Fischer, que também integrou a equipe da OMS, seguiu o exemplo do colega e se manifestou por meio do Twitter.
“Esta não foi minha experiência no time Epi. Nós construímos um bom relacionamento na equipe chinesa e internacional! Permitir discussões acaloradas reflete um nível profundo de envolvimento na sala. Nossas citações são propositalmente distorcidas, lançando sombras sobre importantes trabalhos científicos”, disse.