Começa nesta terça-feira (21) o julgamento de um dos processos da ex-presidente da Argentina, Cristina Kirchner.
Ela é acusada de corrupção, lavagem de dinheiro, associação ilícita, fraudes e administração fraudulenta. A senadora, que tem foro privilegiado, nega as acusações.
Cristina lidera as pesquisas de intenção de votos para a a eleição presidencial de outubro, mas em função da guerra judicial lançou-se candidata à vice-presidência na chapa do peronista Alberto Fernández, que foi chefe de gabinete de Néstor Kirchner.
No processo que está sendo julgado, a líder do kirchnerismo é investigada por suspeita de favorecer o Grupo Austral, do empresário Lázaro Báez.
Segundo a imprensa argentina, ele é próximo à família Kirchner, e teria recebido favorecimentos em contratos de obras públicas na região de Santa Cruz, na Patagônia argentina, reduto kirchnerista.
A ex-presidente, segundo os acusadores, seria a líder de um esquema de desvio de verbas públicas.
O processo contra ex-presidente argentina é apontado como parte de uma guerra híbrida comandada pelos EUA na América Latina. O governo norte-americano que estaria operando em conluio com autoridades locais para perseguir líderes de partidos de esquerda.
A estratégia em curso na Argentina, também foi utilizada no Brasil para prender o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no âmbito da Operação Lava Jato; Rafael Corrêa, no Equador; Alan Garcia (que cometeu suicídio), no Peru; e Olanta Humalla, também no Peru.