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Casal gay é agredido com barra de ferro por vizinho sargento da PM em MG

João Augusto Maia, de 24 anos, havia decidido se mudar por conta da conduta agressiva e preconceituosa do militar

Viu Online Por Viu Online
14/02/2022 - 21:12
em Cidade, Geral
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Casal gay agredido com barra de ferro

'Esse foi o estado que cheguei em casa ontem', disse João, após ataque de vizinho PM Foto: Reprodução

Há pouco mais de um ano, a paz foi embora da vida do advogado João Augusto Maia, de 24 anos, e do namorado, Matheus Felipe Batista, de 36, quando João se mudou para uma quitinete no bairro Carlos Prates em Belo Horizonte (MG).

Perseguidos e xingados por um vizinho homofóbico desde o primeiro dia, exclusivamente pelo fato de serem homossexuais, passaram a se sentir oprimidos dentro da própria casa. O pior, no entanto, ainda estaria por vir. Com o tempo, eles relatam que os ataques foram se intensificando, até que a situação ficou insustentável e eles decidiram que precisariam se mudar dali, depois de terem ouvido do homem, um sargento da Polícia Militar de Minas Gerais, de 48 anos, e de sua esposa esposa, que deveriam morrer e ir ao inferno por serem gays, episódio repleto de xingamentos e declarações preconceituosas que aconteceu há três semanas. Neste domingo (13), eles contam que foram agredidos fisicamente pelo militar com uma barra de ferro. Matheus foi golpeado por todo o corpo antes de conseguir revidar e desarmá-lo.

— É sempre com teor preconceituoso. Tem um ano que ele perturba a gente, mas as agressões todas sempre são pautadas na questão da sexualidade, da identidade de gênero, sempre voltadas a atacar esse aspecto da intimidade, e isso é o que nos machuca bastante — lamenta João.

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“Tem um ano que ele perturba a gente, mas as agressões todas sempre foram pautadas na questão da sexualidade, da identidade de gênero, sempre voltada a atacar esse aspecto da intimidade, e isso é o que machuca bastante”
João Augusto Maia, advogado, que denuncia agressões do PM

Matheus mostra ferimento na boca, depois que foi atingido por ataque do vizinho com uma barra de ferro Foto: Arquivo pessoal

Neste domingo, o advogado e o namorado foram esvaziar o apartamento, de onde estavam se mudando devido às ameaças do PM, quando Matheus percebeu que a fechadura estava com sinais de arrombamento. Eles notificaram a imobiliária e decidiram que fariam um boletim de ocorrência na delegacia. Foi quando o vizinho de baixo ouviu a conversa e, segundo eles, decidiu intervir com xingamentos.

— Em nenhum momento eu disse à polícia que tinha sido ele. Ele ouviu a conversa, viu que estávamos lá e, peço desculpas pelos termos que vou reproduzir, já saiu gritando: “Seus viados desgraçados, eu vou matar o primeiro que saIr, vem cá que eu vou matar vocês dois” — relata o advogado. — Depois disso, nós fomos lá para fora e começamos a discutir. Ele se apresentou como policial, o que a gente nem sabia, e nos deu voz de prisão porque “lugar de bichinha é na cadeia” e disse que “bichinha tinha que morrer na cadeia, mesmo”.

Nós, então, falamos que chamaríamos a polícia e voltamos para dentro de casa. Foi quando ele veio atrás e pegou uma barra de ferro de mais ou menos 1 metro, extremamente pesada, e acertou o queixo do Matheus e várias outras partes do corpo. A sorte é que ele conseguiu desarmá-lo e reagiu, em um ato de legítima defesa.

O casal narra que os policiais se assustaram com o peso da barra de ferro quando chegaram. João, no entanto, lamenta o fato de que os PMs terem se recusado a levar testemunhas, que estavam dispostas a falar, à delegacia. Os próprios agentes envolvidos na ocorrência, segundo ele, não se apresentaram ao delegado na Central de Flagrantes Regional Noroeste de BH.

— Os policiais e as testemunhas não ficaram, e, por isso, a situação de flagrante pelo crime de homofobia acabou desqualificada, e ele acabou liberado. Não sei se por falta de treinamento da polícia para casos como esse ou, não posso afirmar, mas desconfio, por corporativismo por ele ser policial — acrescentou João. — Mas nós vamos ajuizar para que seja instaurado um processo administrativo que apure a conduta desses policiais. O que a gente procura é justiça.

Barra de ferro que teria sido usada pelo vizinho PM após discussão e xingamentos homofóbicos Foto: Reprodução

Segundo informações do GLOBO, João Augusto também detalhou outros episódios sofridos por ele e pelo companheiro após ataques do policial militar. Há três semanas, uma outra confusão, segundo eles iniciada pelo agente, também terminou na delegacia. Eles teriam ouvido do agente público e da esposa que “gente como eles” deveria morrer, além de ameaças de morte.

— Há três semanas atrás, meu companheiro foi fumar na janela, para não ficar cheiro dentro da casa. Do nada, ele chegou na porta ele falou:”Seus viados, maconheiros, desgraçados, eu vou acabar com a raça de vocês, o primeiro que sair da porta, eu vou matar!”.

O Matheus, ofendido, entrou na discussão. Foi quando ele se juntou com a esposa e começaram a gritar que bichinha tem que morrer, que gente como a gente não presta, que tem que ir para o inferno, que somos travestis, várias palavras em tom pejorativo, extremamente pesadas e com ameaças de morte. Nós chamamos a polícia, fizemos boletim de ocorrência e eles se esconderam quando a polícia chegou.

Neste boletim de ocorrência, o qual a reportagem teve acesso, os policiais relatam que orientaram que eles procurassem providências jurídicas e liberaram todos no local.

Antes disso, o jovem conta que o desconforto com o vizinho tinha começado já no primeiro dia que pisou no prédio. Dali em diante, a coisa só foi piorando. Até uma risada, durante um filme de comédia, virou motivação para ataques homofóbicos.

— Já no primeiro dia que eu me mudei, fui montar uma escrivaninha e ele pulou o muro que separa as casas, bateu na minha janela e me ameaçou porque o barulho da montagem estava atrapalhando ele, e eu retruquei, dizendo que era horário comercial; depois, tomou a mesma atitude porque eu estava varrendo a casa e, segundo ele, estava fazendo barulho na casa dele, atrapalhando o descanso dele porque ele trabalhava de madrugada — conta. —

Em seguida, o teor das agressões mudaram. Ele começou a me caçar na janela do meu quarto. Um dia, eu ri enquanto estava assistindo uma comédia e ele, do nada, apareceu na minha janela: “Ri mesmo, seu desgraçado, sua hora vai chegar, seu viadinho, traveco”. É sempre com teor preconceituoso.

Marcas de sangue nas mãos de Matheus após discussão com vizinho que disparou xingamentos homofóbicos contra ele e o namorado Foto: Reprodução

Não foi só essa vez. Tem um ano que ele perturba a gente, mas as agressões todas sempre foram pautadas na questão da sexualidade, da identidade de gênero, sempre voltada a atacar esse aspecto da intimidade, e isso é o que machuca bastante.

“Ri mesmo, seu desgraçado, sua hora vai chegar, seu viadinho, traveco”, vizinho PM, de 48 anos
segundo relato do casal

O rapaz afirma que já levou o caso à Comissão de Direitos humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) e conta também com apoio da Comissão de Diversidade Sexual da OAB-MG, que cobrará providências. O Ministério Público de MG também acompanha o desenrolar do caso.

— Meus advogados também já estão atuando no caso, e todo apoio que estamos recebendo tem sido importante na luta contra a impunidade — conclui.

O GLOBO procurou a Polícia Militar de MG que, até a publicação dessa matéria, não havia se manifestado. A Polícia Civil, por sua vez, afirmou que foi aberto um inquérito para investigar as denúncias.

“Em relação ao fato ocorrido, neste domingo (13/2), a ocorrência foi recebida pela Central Estadual do Plantão Digital, sendo três pessoas, de 24, 36 e 48 anos, ouvidas e liberadas.Na ocasião, a autoridade policial ainda instaurou procedimento investigativo para apurar os fatos e a investigação segue em andamento. Outras informações serão prestadas com o avançar da investigação para não comprometer o andamento do feito”, disse a corporação em nota.

Tags: #Agressões#Homofóbicoshomofobia
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