A demanda pela soja brasileira no mercado externo está menor, o que poderá afetar a venda de uma das principais commodities do país e sua balança comercial.
China e EUA estão entre as razões do desequilíbrio no mercado externo, segundo destaca projeções do Banco Itaú, com foco no agronegócios.
Um dos grandes importadores da produção brasileira, a China deve reduzir as compras após eliminar parte do plantel de porcos devido ao surto de uma peste suína africana.
A soja brasileira alimenta os porcos chineses. Quanto aos EUA, o ponto chave é o tamanho da produção. Isso terá impacto direto na cotação. O preço pode cair abaixo dos US$ 8 por bushel.
Para ter cotações mais altas, seria necessária uma quebra de 40 milhões de toneladas na safra dos EUA. Se a produção norte-americana ficar em 120 milhões de toneladas, a expectativa é de que a relação consumo da produção brasileira se mantenha nos patamares da safra 2017/2018.
O Itaú trabalha com perspectivas de redução na taxa de juros Selic. A previsão de analistas da instituição é de que o Comitê de Política Econômica do Banco Central (Copom) estabeleça uma taxa de 5,75% e um Produto Interno Bruto (PIB) em 1%.
Já para o PIB global, a expectativa do Itaú é de que aumente em até 3,3%. Para os Estados Unidos, a projeção é de +2,4%. Já a China deve crescer 6,2%.