*Da redação
Com mais de meio século comandando programas de rádio e animando as tardes dos ouvintes em Campos dos Goytacazes-RJ e Norte Fluminense, Nilson Maria está dando um tempo na carreira, mas continua apaixonado pela atividade, segundo revela na entrevista ao jornalista Roberto Barbosa ao Canal VIU!, no Youtube.
Advogado formado e ex-funcionário do Banco do Brasil, onde se aposentou, foi à frente dos microfones de várias emissoras que Nilson Maria se notabilizou. Com multiplicidade de plataformas, como Youtube, Spotify e Podcasts, o dono da tarde admite que os ouvintes estão dispersos e fragmentados.
“O rádio precisa se reinventar. O radialista que não quiser seguir esse diapasão (Smartphone) não vai prosperar. Fiquei velho na idade, mas na cabeça não”, disse o radialista, que completará 71 anos em dezembro e iniciou no rádio aos 12 anos.
“Em breve você terá web rádio no carro. Tenho a impressão que o rádio musical está condenado. Tenho um filho de 24 anos que não porque saber de ouvir mais rádio. O negócio dele é ouvir podcast”, destacou.
Na entrevista ele revela: para chegar ao rádio teve que superar a gagueira, que continua disfarçando perfeitamente.
“Quem me ajudou a superar a gagueira foi a professora Evanir Medina. Tive aulas com ela por um ano, foi quando me ensinou a não ter vergonha de pronunciar as sílabas. Aprendi a respirar e tirar o som pelo diafragma”, lembra.
O radialista foi também um grande animador de comícios. Em 1989, foi contratado pela Artplan, de Roberto Medina, para apresentar os comícios do então candidato Fernando Collor do Rio. Também apresento comícios de Paulo Maluf, quando candidato ao governo do Estado de São Paulo.
“Era um ofício que aprendi a gostar. Gostava, sobretudo, de apresentar comícios de candidatos a vereadores”, lembra.
Os testemunhos dos mais de 50 anos de rádio estão registrados em um livro, que será lançado no primeiro semestre de 2020.