Portal Viu
  •  
  • Brasil
  • Cidade
  • Fonte Exclusiva
  • Negócios
  • Mundo
  • Opinião
  • Podcast
  • Vídeos
  • Colunistas
Nada encontrado
Ver todos os resultados
Portal Viu
  •  
  • Brasil
  • Cidade
  • Fonte Exclusiva
  • Negócios
  • Mundo
  • Opinião
  • Podcast
  • Vídeos
  • Colunistas
Nada encontrado
Ver todos os resultados
Portal Viu
Nada encontrado
Ver todos os resultados

Um tiro nas fake news

Viu Online por Viu Online
25/05/2018 - 03:13
em Tecnologia & Inovação
A A
Ilustração | Dapd, Joerg Koesch/AP Photo

Ilustração | Dapd, Joerg Koesch/AP Photo

Facebook se associa as agências de checagem de fatos para combater notícias falsas e provoca reações do MBL e outros radicais de extrema-direita;

*Reportagem Especial | Ilustração – Dapd, Joerg Koesch/AP Photo

Sputnik – Após a decisão do Facebook de controlar a difusão de notícias falsas em parceria com agências de checagem dos fatos e o consequente ataque de movimentos como o MBL à iniciativa, o tema das “fake news” ganha protagonismo no cenário político nacional. Uma reportagem da agência de notícias Sputnik analisa as principais implicações desta guerra de informação.

O termo “fake news” entrou oficialmente para o vocabulário midiático e político no contexto das eleições norte-americanas em 2016, durante a disseminação de notícias falsas (ou acusações de serem falsas) na disputa entre Donald Trump e Hillary Clinton.

Desde então, a veracidade e a transparência do que é divulgado na mídia oficial e nas redes sociais vem sendo colocada cada vez mais em xeque. O debate, no entanto, ganhou novo contorno na última semana, após ser anunciada no Brasil uma iniciativa para coibir este fenômeno, que virou arma em batalhas políticas no Brasil e no mundo.

COMBATE NA REDE SOCIAL

O Facebook lançou um mecanismo de controle da disseminação de fake news em parceria com as agências de checagem de fatos “Lupa” e “Aos Fatos”. O programa de verificação parte da identificação de conteúdos falsos divulgados na rede social. De acordo o Facebook, esta identificação não apagaria estes conteúdos do feed de notícias, mas impediria o patrocínio destas informações pela rede, limitando significativamente a sua propagação.

O Facebook Brasil, assim como o americano, fechou uma parceria com agências de "fact-checking" esquerdistas, como Lupa…

Gepostet von MBL – Movimento Brasil Livre am Dienstag, 15. Mai 2018

Não tardou para que houvesse uma resposta reativa por parte de alguns grupos políticos de direita, que acusaram as agências de checagem dos fatos de serem de “esquerda” e o Facebook de promover a “censura aos movimentos de direita”.

Para além do cunho supostamente ideológico que o embate adquiriu, colocando movimentos liberais de direita de um lado, e o Facebook e as agências de checagem de outro, este debate acabou expondo novos limites da atuação de setores da política e da mídia brasileira, sobretudo em um ano eleitoral.

Quais são os interesses de grupos que se dizem liberais de inibir o controle de notícias falsas? Qual é a garantia de imparcialidade e isenção no controle do que será impulsionado ou não através do Facebook? A Sputnik faz uma análise das diversas facetas deste novo capítulo da vida política brasileira.

CRUZADA VIRTUAL

Movimentos sociais de direita, entre os quais se destacam o Movimento Brasil Livre (MBL), Nas Ruas, Revoltados Online, entre outros, publicaram um dossiê expondo o perfil de jornalistas ligados às agências de checagem dos fatos que estabeleceram a parceria com o Facebook.

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) publicou uma nota em defesa das agências de fact checking, informando que “perfis pessoais de colaboradores dos veículos​ em redes sociais ​​têm sido vasculhados​ e ​expostos​ em montagens, como supostas evidências de que as agências de checagem estariam a serviço de uma ideologia”.

De acordo com a nota, “em alguns casos, fotos de cônjuges e pessoas próximas aos profissionais também foram disseminadas junto a afirmações falsas e ofensivas”.

A @abraji emitiu uma nota de repúdio aos ataques virtuais a agências de checagem de fatos ocorridos nos últimos dias. A associação critica a prática de discurso de ódio e a imprecisão das informações usadas para atacar jornalistas em publicações recentes: https://t.co/nTQ47rb5gr pic.twitter.com/m9TOqO3omn

— Agência Lupa (@agencialupa) May 16, 2018

PROPANDISTA DE NOTÍCIAS FALSAS

​O pesquisador do Instituto de Estudos Sociais e Políticos (IESP) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rafael Rezende, afirma que “esses grupos, especialmente o MBL, têm um longo histórico de difusão de notícias falsas nas redes sociais, que é onde eles mais atuam politicamente”.

Em 2017, quando a Agência Pública de Jornalismo abordou o MBL para checar a fonte de uma informação falsa veiculada pelo grupo, a resposta enviada foi uma foto de um pênis de borracha com a frase “cheque isto”.

Mas o fato mais emblemático sobre a atual cruzada destes movimentos contra os veículos jornalísticos surgiu no contexto da ampla propagação de notícias falsas que se deu após a morte da vereadora Marielle Franco. Duas semanas após o assassinato da vereadora, o MBL publicou no Facebook informações falsas propagadas pela desembargadora do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ), Marília Castro Neves, com a chamada “desembargadora quebra narrativa do PSOL e diz que Marielle se envolvia com bandidos e é ‘cadáver comum'”.

“As agências de checagem e alguns meios de comunicação se apressaram para desmentir a notícia, mas a matéria teve 300 mil compartilhamentos no Facebook e mais de 1 milhão de visualizações no Twitter. Então, nesse sentido, me parece que o interesse do MBL é bastante simples. É continuar tendo liberdade pra propagar esse tipo de mentira nas redes sociais e continuar utilizando essas notícias falsas para alcançar seus objetivos políticos”, destacou o sociólogo do IESP.

Em seguida, a Justiça determinou que o Facebook teria que informar se o MBL havia pagado a plataforma para impulsionar fake news ligadas à morte de Marielle. Assim, enquanto a postura adotada pelo Facebook foi de dar uma resposta à intensa propagação de mentiras em sua rede, a posição dos movimentos acusados de difundir fake news foi assumir a retórica de sofrer uma censura contra a direita.

Um exemplo do imbróglio envolvendo a checagem de notícias falsas e as acusações de censura é o mais recente caso noticiado pela agência Ponte Jornalismo, na última terça-feira (22), apontando que o procurador do Ministério Público do Rio de Janeiro, Marcelo Rocha Monteiro, publicou mentiras sobre jornalistas para atacar agências de combate a notícias falsas na internet.

Ao se colocar contrário à checagem de notícias, o procurador afirmou que o jornalista Leonardo Sakamoto havia sido “contratado pela rede social [Facebook] para fazer checagem de fatos” em meio à “tentativa de censura a liberais e conservadores”. No entanto, Sakamoto não possui vínculos com os órgãos de verificação de notícias que fizeram a parceria com o Facebook.

TENDÊNCIA INTERNACIONAL

A iniciativa do Facebook acerca da verificação de notícias não se restringe ao Brasil, sendo iniciada em dezembro de 2016 nos Estados Unidos, e expandida em outros países como México, Colômbia e Índia. Tanto a agência “Lupa” quanto a “Aos Fatos” são agências certificadas pela International Fact-Checking Network (IFCN), que é responsável por certificar critérios como apartidarismo e transparência nas fontes e no financiamento das instituições filiadas. A filiação à IFCN é uma condição do Facebook para o estabelecimento da parceria com as ferramentas de checagem.

“Em todos os países em que temos a ferramenta de verificação funcionando, inclusive aqui, trabalhamos com parceiros certificados e auditados pela IFCN. Trata-se de uma organização apartidária, cujo selo garante que os verificadores estão comprometidos com a imparcialidade e a transparência de suas fontes de informação e metodologia de checagem (você pode saber mais aqui). O trabalho deles é checar fatos, não ideias”, destaca o Facebook.

Já a agência Aos Fatos informou à Sputnik Brasil, através de nota, que o mecanismo de verificação promovido pelo Facebook “permitiu cortar em até 80% a distribuição orgânica de notícias consideradas falsas por agências de verificação parceiras nos Estados Unidos”.

“Além de reduzir o alcance de conteúdos considerados falsos, o Facebook enviará notificações para pessoas e administradores de páginas que tentarem compartilhar esse conteúdo, alertando-os que a sua veracidade foi questionada por agências de verificação”, informa a agência.

REAÇÃO DO MBL

Em contrapartida, alegando falta de objetividade das agências de checagem dos fatos, o MBL iniciou uma campanha de “checar os checadores”. O grupo vem realizando postagens constantes nas redes sociais, denunciando supostas manipulações no método de verificação ou falta de isenção por parte destas agências.

Checando os checadores: a Agência Lupa marcou como falsa uma matéria copiada da Folha de S.Paulo? https://t.co/u7fcv1pHsX

— Mov. Brasil Livre (@MBLivre) May 23, 2018

No que diz respeito à tese de que há um pano de fundo ideológico por trás da checagem de notícias, as agências de verificação demonstram que miram dados falsos levantados tanto por setores da direita, como da esquerda. Já o Movimento Brasil Livre vem mirando exclusivamente nas instituições que eles acusam ser de “esquerda”.

O curioso é que o MBL, que sustenta uma bandeira em defesa do liberalismo econômico e da livre iniciativa, agora ataca a autonomia de empresas privadas de estabelecer parcerias, como é o caso do Facebook, que contratou a “Lupa” e “Aos Fatos” para mudar a política do seu logaritmo.

​A provocação do MBL de questionar “quem checa os checadores?”, entretanto, tem respaldo na preocupação acerca da garantia de imparcialidade e objetividade no controle realizado pelas agências, tendo em vista que o Facebook é uma empresa privada e uma das mais importantes plataformas de veiculação de notícias.

DEBATE É NECESSÁRIO, DIZ PESQUISADOR

De acordo como o pesquisador Rafael Rezende, “o caso das redes sociais é uma novidade que precisa ser bem debatida, e a influências social e política delas é bem grande”. Ele considera que “é positivo que haja algum tipo de controle sobre a difusão de notícias falsas”, mas destacou que é um debate que deve ser aprofundado.

“De fato a gente tem que problematizar que tipo de controle vai ser feito, quais serão as regras do jogo, se vai ter isonomia no tratamento de diferentes grupos políticos, principalmente durante o processo eleitoral. Que haja um controle eu acho muito importante. Agora, como vai se dar esse controle é algo que deve ser debatido na sociedade”, observou.

Tendo em vista que a guerra de informações é um fator de grande influência no cenário político, principalmente no contexto das eleições de 2018 no Brasil, as redes sociais aparecem como um espaço de disputa de narrativas. Assim, a novidade que o mundo virtual trouxe no sentido de criar uma alternativa de informação às mídias tradicionais agora se desdobra para um questionamento em relação ao caráter “democrático” das redes sociais.


Tags: #checagem#Fake newsFacebookNotícias
EnviarCompartilharTweetCompartilharCompartilharEnviar
Notícia Anterior

Governo anuncia acordo com caminhoneiros

Próxima Notícia

BR -101 | Juiz autoriza uso do exército para retirar caminhões

Viu Online

Viu Online

LEIA TAMBÉM 

Facebook inteligencia artificial preconceito
Tecnologia & Inovação

Facebook cria banco de dados para corrigir preconceito da inteligência artificial

09/04/2021 - 15:36
Cão-robô da Boston Dynamics faz teste de combate com exército francês
Tecnologia & Inovação

Cão-robô é usado em treinamento do exército francês e suscita questões éticas

08/04/2021 - 18:43
Sony apresenta o Bravia Core, um novo serviço de streaming de vídeo de alta qualidade
Tecnologia & Inovação

Sony lança serviço de streaming exclusivo para TVs da marca

06/04/2021 - 11:55
Próxima Notícia
Foto: Sputnik Brasil

BR -101 | Juiz autoriza uso do exército para retirar caminhões

Plataforma de petróleo na Bacia de Campos

Barril do petróleo poderá chegar a US$ 100

COLUNISTAS

De saco cheio!

Deneval Siqueira
08/04/2021 11:09

Como os EUA se tornaram a nação que mais encarcera seus cidadãos

Rick Santos
08/04/2021 10:11

Reflexões acerca da abertura dos templos religiosos na pandemia

Agenor Burla
07/04/2021 07:28

Brasil vive anseio por vacinação em massa ou guerra total 

Ranulfo Vidigal
06/04/2021 10:17

E aí, traiu? Capitu e a questão republicana

André Nascimento
13/03/2021 12:53

Espetáculo “O Quarto de Bianca” estreia no Teatro Cândido Mendes 

Carlos Fracho
05/03/2021 10:00

Gilmar Mendes passa pente-fino em todo material da Vaza-Jato

Roberto Barbosa
28/02/2021 11:55

Morrer de covid-19 ou morrer de fome, a dura escolha para os servidores de Campos

Marcos Pedlowski
14/02/2021 06:52

Notícias Campos de GoytacazesPlataforma 100% digital. Siga PORTAL VIU! no YouTube.
O Portal VIU! também está no Instagram, Twitter, Facebook e Linkedin.
E-mail: contato@viuonline.com.br

EDITORIAS

Arte Brasil Cidade Fonte Exclusiva Geral Jogos Mundo Negócios Opinião Podcast Tecnologia & Inovação Vídeo

PORTAL VIU NAS REDES

Facebook Instagram RSS LinkedIn Twitter Youtube

MAIS LIDAS DA SEMANA

Dr. Jairinho já foi acusado de participar de sessão de torturas junto com milicianos

Médico que tomou duas doses da Coronavac morre de Covid no MT

Defesa de Jairinho constrangeu testemunhas e divulgou foto de ex-namorada nua

Presa pela morte do próprio filho, mãe do menino Henry Borel fez selfie na delegacia

Testemunha diz que Dr. Jairinho é “uma pessoa maluca e completamente desequilibrada”

  •  
  • Brasil
  • Cidade
  • Fonte Exclusiva
  • Negócios
  • Mundo
  • Opinião
  • Podcast
  • Vídeos
  • Colunistas

Portal Viu! - Criação Web Tchê Digital

Nada encontrado
Ver todos os resultados
  •  
  • Brasil
  • Cidade
  • Fonte Exclusiva
  • Negócios
  • Mundo
  • Opinião
  • Podcast
  • Vídeos
  • Colunistas

Portal Viu! - Criação Web Tchê Digital

Welcome Back!

Login to your account below

Forgotten Password?

Retrieve your password

Please enter your username or email address to reset your password.

Log In

Add New Playlist