As sanções sem precedentes contra a Rússia (em decorrência da guerra na Ucrânia) e o conflito que se arrasta com perdas de vidas humanas aumentaram os custos de energia na Europa e nos EUA, impulsionando a inflação recorde e tornando cada vez mais caro para os agricultores e caminhoneiros abastecerem suas máquinas, comprarem fertilizantes ou acompanharem outros custos.
Na Europa, que depende da energia e dos minerais russos, as sanções pioraram uma crise de fornecimento de energia que aumentou os custos para as famílias e as empresas.
Os ganhadores desse conflito no seio europeu, nesse instante, são os intermediários que capturam a renda diferencial do petróleo e do gás e os grandes produtores armamentos, com os orçamentos fabulosos do complexo industrial militar nos EUA, França. Grã-Bretanha e futuramente até da Alemanha.
Nesse contexto, os preços da gasolina e custos de transporte na Europa explodem. Surge uma greve nacional de caminhoneiros na Espanha. Fazendeiros protestam em Atenas. Prateleiras vazias de supermercados em toda a Europa pelas paradas nos transportes.
Sobem os preços dos fertilizantes e observa-se uma disparada dos preços dos alimentos. E na indústria surge a paralisação das principais fábricas de carros e caminhões na Europa.
No Brasil, o Ministério da Economia anunciou que as tarifas de importação sobre etanol e de seis tipos de alimentos serão zeradas até o fim do ano em um esforço para conter a inflação elevada, enquanto a tarifa que incide sobre bens de capital, de informática e telecomunicações serão reduzidas em 10%, nesse caso de forma permanente.
Nas capitais e cidades médias, o transporte público fica mais caro. No norte fluminense, Campos dos Goytacazes (RJ), majorou a tarifa em 27%, transferindo mensalmente do bolso do consumidor para o setor empresarial de concessionárias de serviços públicos essenciais, por dia, mais de 200 mil reais encarecendo o padrão de vida de 500 mil habitantes. Outra conta que chega para o consumidor fluminense é o reajuste de 17% na conta de luz domiciliar. Carestia, muita carestia!