Segundo o IBGE, dez dos 13 setores industriais brasileiros já estão superando o nível de produção pré-Covid, com destaque para a produção de cimento para a Construção Civil e papel/papelão, com a volta do comércio varejista. Mantido o ritmo da vacinação isso tende a se manter. Alvíssaras!
Entretanto, num país onde 51% da carga de impostos é indireta (sobre a conta de luz, telefone, gasolina, produtos eletrodomésticos, etc.) e 40% incidente sobre os salários, a expectativa é que os agentes econômicos privados façam a economia andar de novo investindo em novas plantas de produção.
Na série ” impostos abusivos” lembra que 45 por cento do caríssimo litro de gasolina é formado por impostos, dos quais 29 por cento o ICMS estadual.
Um inegável desafio, quando os juros cobrados ao consumidor são de 300% ao ano e a especulação bem monitorada gera lucros.
O tão almejado restabelecimento da confiança pelos economistas financistas é até importante, mas precisa alcançar o cerne do problema: o enfraquecimento do consumo familiar, pelos juros abusivos, alto desemprego e impostos caríssimos.
A economia só se recuperará – de forma estável e consolidada – quando o “povo voltar a comprar”. Só o povo compra produtos, mas desde que sua renda e seu emprego não estejam ameaçados.
Contudo, o mantra/dogma é retirar direitos, reduzir salários e garantir lucros financeiros. Aí a equação não fecha. Simples assim.
“O segredo da existência não consiste somente em viver, mas em saber para que se vive” nos ensinou o genial poeta Dostoievsky.