Sun Tsu nos seus escritos lembrava que a guerra não é um objetivo em si mesmo. Que o ideal é vencer sem lutar, sem perdas humanas e sem custo. Assim sendo, também numa eleição, para se obter sucesso conhecer o adversário e a si mesmo é ponto fundamental, para saber que estocadas produzem dano eleitoral progressivo e que afirmações/ações produzem ganho. São tempos de pandemia e eleição atípica.
Neste início de pleito na terra do açúcar (Campos-RJ), por exemplo, a pesquisa Real Time Big Data mostrou o retrato preliminar da eleição municipal revelando 20% do eleitorado, sem querer sequer participar do pleito de 15 de novembro e 49% ainda completamente indecisos.
Uma fotografia preliminar do quadro acirrado dessa eleição com 11 valorosos candidatos preocupados com os destinos de uma cidade, cujo Valor Adicionado Fiscal (VAF), publicado pela SEFAZ-RJ, atingiu R$ 14 bilhões de reais em 2019 e terá um Orçamento Fiscal de R$ 1,7 bilhão em 2021 é crucial.
As evidências mostram que a economia campista já apresenta recuperação, mas ainda lenta. Os dados do CAGED mostram que, no auge da crise, a cidade perdeu duas mil e quinhentas vagas formais, mas já recuperou mil e quinhentas e possui quase 70 mil trabalhadores com carteira assinada atuando no mercado de trabalho privado.
Por outro lado, considerando o montante mensal de recursos ordinários arrecadados pela prefeitura (IPTU,ISS,ICMS,FPM,ITBI,IPVA) – aqueles necessários para pagar a folha dos salários do 15 servidores ativos da cidade – conforme a justificativa da LOA -2021 (lei do Orçamento Anual) para a capital do açúcar, a economia voltou a respirar em julho, quando a arrecadação cresceu 3,6%, em relação a julho de 2019.
Entretanto, nos meses do auge da pandemia a queda chegou a quase 30%, em termos mensais dificultando o financiamento da máquina pública municipal.
O que parece ter vindo para ficar foi a queda da indenização milionária do petróleo (royalties e PE) que caiu, mensalmente, entre maio e julho quase 70%.
O texto da mensagem ao Legislativo, corretamente, sugere cautela para os planejadores das políticas públicas, enquanto a espessa neblina da pandemia não for embora.
Com apenas 935 mil barris diários de produção de petróleo (meros de 24,8% do total nacional), em agosto, a camada do pós-sal, aquela que mais interessa hoje aos municípios petrorrentistas do norte fluminense revela queda, em relação a agosto de 2019, de quase 18%, um verdadeiro espanto.