Em reunião realizada por meio de videoconferência nesta sexta-feira (10), 23 países produtores de petróleo chegaram a um acordo para reduzir a produção até maio de 2022, visando a equalização dos preços no mercado internacional.
Os países membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP +), e outros 11 países não produtores, concordaram em iniciar o corte de 10 milhões de barris por dia, já nos dois primeiros meses próximos, no caso em maio e junho.
Segundo o ministro da Energia da Rússia, Alexánder Nóvak, um total de 23 países participarão deste acordo internacional.
“Todos concordaram que medidas decisivas são necessárias para que os países da OPEP e de países não membros da OPEP reduzam a produção em um total de 10 milhões de barris por dia em um período de dois meses, maio e junho”, afirmou o ministro da Energia da Rússia, Alexánder Nóvak, citado em reportagem da RT.
“Então, nos próximos seis meses , a produção será parcialmente restaurada e a redução será de 8 milhões de barris por dia”, explicou.
O ministro russo indicou que até 2021 o acordo prevê uma redução total de 6 milhões de barris por dia para todos os países signatários.
Participaram do novo pacto os 10 novos países da OPEP (Argélia, Angola, Congo, Guiné Equatorial, Gabão, Iraque, Kuwait, Nigéria, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos) e 10 países não produtores de petróleo da OPEP (Azerbaijão, Bahrein, Brunei, Cazaquistão, Malásia, México, Omã, Rússia, Sudão, Sudão do Sul).
“Os países membros da OPEP Irã, Líbia e Venezuela também estão listados como assinantes do acordo, porém estão isentos dos cortes estabelecidos devido a problemas políticos internos”, diz reportagem da RT.
A notícia sobre o acordo foi divulgada um dia depois que os países alcançaram um pacto para reduzir a produção de petróleo em 10 milhões de barris por dia, pelo fato do México não ter concordado com os termos do documento.
No entanto, nesta sexta-feira, o presidente mexicano Andrés López Obrador anunciou que seu país chegou a um acordo com o presidente dos EUA, Donald Trump, para diminuir a produção diária de petróleo, de acordo com a exigência que a o OPEP + fez ao país latino-americano.