Pela primeira vez no Brasil, uma ação feita por auditores-fiscais do trabalho da Superintendência Regional do Trabalho na Bahia resgatou cinco jovens que estavam em condições análogas à escravidão no Esporte Clube Jacobinense, em Salvador.
Na visita realizada pelos auditores, foi identificado que os adolescentes eram impedidos de deixarem o alojamento do clube, recebiam alimentação inadequada e passavam por cargas de treinamento intensas.
Após uma denuncia de assédio sexual por parte do técnico do Jacobinense, as condições de trabalho dos adolescentes passaram a ser investigadas pela Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra a Criança e o Adolescente.
Presidente do clube, Marcos Manassés, afirmou que os jovens não possuíam vínculo trabalhista com o Jacobinense e que não os conhecia. Além disso, declarou que as informações divulgadas pelo Ministério do Trabalho são falsas e têm motivações políticas:
“É admirável. O pessoal do Ministério do Trabalho mandar informações sem provas, sem processo, mas estou tranquilo. Todo mundo sabe quem eu sou e o trabalho que eu faço. Como vou dar explicação de algo que eu não tenho conhecimento? O pessoal quer ligar o meu nome a algo que não procede”.
Treinador preso por assédio sexual
No último dia 18 de maio, o treinador do clube foi preso por armazenar e compartilhar imagens de pornografia de menores de idade. Com ele, foram apreendidos notebooks, aparelhos telefones e documentos. No alojamento dos jogadores, foram encontrados documentos, preservativos e lubrificantes sexuais. O homem não possuía as credenciais necessárias para exercer o cargo.
As informações são do Yahoo.