Os países e protetorados asiáticos estão dominando o ranking Mundial de Competitividade 2019.
Singapura e Hong Kong estão destacados, respectivamente, na primeira e segunda colocação, na classificação de economias mais competitivas do mundo, no Anuário IMD World Competitiveness.
O ranking foi divulgado pelo Instituto Suíço para o Desenvolvimento e Gestão (International Institute for Management Development – IMD), que publica o relatório anualmente, desde 1989.
Os EUA, que já ocuparam a primeira posição, caíram para o terceiro lugar no ranking. Já o Brasil está entre os últimos na classificação. Na América Latina, o país só supera a Argentina e Venezuela, este último abalado pelo bloqueio econômico dos EUA.
O IMD tem sede em Genebra (Suíça) e divulgou os dados nesta terça-feira (27).
CLIQUE AQUI E LEIA LISTA COMPLETA
FATORES QUE PESAM
Singapura se destaca graças a sua infraestrutura tecnológica desenvolvida, trabalhadores qualificados, legislação de imigração favorável e eficiência na criação de novas empresas.
Apesar da queda no ranking, o país norte-americano ainda ocupa o primeiro lugar no mundo em termos de eficiência nos indicadores de infraestrutura e macroeconomia, mas a competitividade foi afetada pelo aumento dos preços dos combustíveis, o enfraquecimento das exportações de alta tecnologia e flutuações na taxa de câmbio do dólar.
ESTRELAS DO ORIENTE MÉDIO
Pela primeira vez, na lista das dez economias mais competitivas inclui dois países do Oriente Médio: o Qatar (décimo lugar) e os Emirados Árabes Unidos (quinto lugar). Três anos atrás, eles estavam, respectivamente, nas 13ª e 15ª posições.
“Agora, os Emirados Árabes Unidos ocupam o primeiro lugar no mundo no desempenho empresarial, superando outras economias em tantas áreas como a produtividade do trabalho, a transformação digital e o empreendedorismo”, aponta investigação do IMD.
EUROPA PATINA
Os países do norte da Europa, que tradicionalmente ocupam altas posições nessa classificação, também perderam posição. A Dinamarca caiu do sexto para o oitavo lugar, enquanto a Noruega, do 8º para o 11º. Além disso, a Holanda caiu de quarto para sexto, Alemanha — de 15º para 17º.
O DRAMA VENEZUELANO
Os resultados são pouco animadores para a América Latina. O IDM destaca que o continente latino-americano continua com um desempenho muito fraco.
A Venezuela ocupa o último lugar da tabela (63º lugar), enquanto o país mais qualificado da região, o Chile, caiu sete posições e ficou em 42º lugar.
“A Venezuela continua ancorada no final do ranking, afetada pela inflação, pelo mau acesso ao crédito e por uma economia fraca”, revelou o relatório.
Em três dos quatro principais grupos de critérios (desempenho econômico, eficiência governamental e infraestrutura), a Venezuela está em último lugar.
BRASIL TEM O CRÉDITO BANCÁRIO MAIS CARO DO MUNDO
O Brasil ficou em 59º lugar da lista, recuperando apenas uma posição desde 2018, enquanto a Argentina ficou em 61º lugar, cinco posições abaixo do índice do ano passado.
Segundo o ranking, o país com crédito bancário mais caro para as empresas é o Brasil.
Na 50ª e 55ª posições no ranking está o México e o Peru, respectivamente, ao passo que a Colômbia passou da 58ª para a 52ª posição na lista, devido à melhoria no mercado de trabalho, diz o Conselho de Competitividade Privada, com sede em Bogotá.
O Chile era o país mais competitivo da região nos últimos anos, mas passou da 35ª para a 42ª posição, representando a pior queda no ranking de 2019.
“O problema na América Latina, em geral, é que se é muito reformista no papel, mas depois é muito difícil realizar as reformas”, disse à agência Efe o diretor do centro de competitividade global, Arturo Bris.