Segunda parte da trilogia sobre São Pedro da Aldeia, na Costa do Sol, Região dos Lagos-RJ |
Após o almoço típico da região. Um exímio filé de peixe ao molho de camarão com purê de batata e arroz a grega. Acompanhado com melão, morango e banana frita. A saga do descobrimento aldeense continua. Cada passo dado nas ruas dessa cidade rústica e rica em histórias e uma pista rumo ao inesperado. Olho no celular e já são 13h30min. A brisa suave continua acompanhar a viagem deste jornalista.
Retorno rapidamente a Praça Agenor Santos. Olho atentamente as paredes da Igreja dos Jesuítas construída no século XVII. Blocos de pedra, revestidos com óleo de baleia e conchas. As telhas feitas nas coxas de mulheres e homens escravos encaixam no detalhe. As portas feitas sob medida em madeira de lei. As paredes brancas e gélidas pintadas com cal. Monumento religioso tombado pelo Patrimônio Histórico Nacional.
À frente a Igreja do Sagrado Coração em homenagem a São Pedro. Santo protetor dos pescadores. Primeiro Papa na Igreja Católica Apostólica Romana do Ocidente. Ao lado o cemitério histórico onde estão enterrados aqueles que tinham posses na época. Contribuiriam naquele tempo com as indulgencias a fim de terem espaço privilegiado no descanso dos mortos.
A história desse aldeamento de indígenas se confunde com a fundação do Forte São Mateus em Cabo Frio. Para delimitação daquele espaço na Boca da Barra era necessário remover os tupinambás que ali viviam. Um acordo foi firmado com os jesuítas e uma área imensa doada nas margens da Lagoa. Em troca seria fundada ali um aldeamento indígena e construída uma Fazenda.
A fazenda foi denominada Campos Novos. O aldeamento São Pedro da Aldeia de Cabo Frio. A supervisão e administração ficaram por conta dos padres jesuítas. Estes, por sua vez, influenciaram a politica e economia portuguesa na colônia brasileira de 1530 a 1750. Dominaram de Santa Cruz na cidade do Rio de Janeiro até Campos dos Goitacazes.
Descendo em direção ao Terminal Rodoviário Inter Municipal Hermínio Sampaio temos a antiga Estação Ferroviária. Pertenceu a Rede Ferroviária Federal S/A. Atualmente abriga o escritório técnico do IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. O bairro do entorno tem o mesmo nome.
O Mercado de Peixes é pertinho. Além da iguaria fresca para levar e fazer em casa também pode comprar e pedir para fritar na hora. Jogar um limão em cima e curtir a tardinha. A parada obrigatória está chegando para o descanso. Amanhã passo mais um dia na cidade em busca de novas surpresas. Hora de procurar um pernoite. E cair na cama para dormir! Até a próxima!