A I Flipelô – I Festa Literária Internacional do Pelourinho; evento também terá Memória Cultural Campista-Goitacá, do livro Typos Curiosidades e Exquisitices dos Homens Celebres, de Múcio da Paixão
Queixa da plebe ignorante e perseguidora das virtudes
*Gregório de Matos Guerra
Que me quer o Brasil, que me
persegue?/ Que me querem
pasguates, que me invejam?/ Não
veem que os entendidos me
cortejam,/ E que os nobres é gente
que me segue?
Com o seu ódio, a canalha o que
consegue?/ Com sua inveja os néscios
que motejam?/ Se quando dos
néscios por meu mal mourejam,/
Fazem os sábios que a meu mal me
entregue.
Isto posto, ignorantes e canalha,/ Se
ficam por canalha, e ignorantes/ No
rol das bestas a roerem palha.
E se os senhores nobres e elegantes /
Não querem que o soneto vá de
valha,/ Não vá, que tem terríveis
consoantes.
Preparando-me com muito entusiasmo para a I FLIPELÔ – Primeira Festa Literária Internacional do Pelourinho, em Salvador (BA), entre 9 e 13/09/2017, quando estarei envolvido com vários eventos, inclusive com a pré-venda do livro O BRASIL É UM ESCAMBO (Curitiba: CRV, 2017, 340 p.), com oficinas, leituras de poesia e mostra de filmes nacionais, como Vidas Secas, Auto da Compadecida, Macunaíma, Gabriela entre outros. A Feira irá homenagear Jorge Amado, referência Regional, Nacional e Universal da nossa boa Literatura Telúrica.

Também irei para o meio do pessoal da Literatura de cordel, tão rica na região. Mas também representarei Campos dos Goytacazes, pois estarei falando sobre a Memória Cultural Campista-Goitacá, no livro Typos Curiosidades e Exquisitices dos Homens Celebres, de Múcio da Paixão (1917), meu patrono na Academia Campista de Letras. Levando Campos dos Goytacazes para a esfera internacional. Analisando a obra, interessei-me por uma pesquisa mais robusta acerca do nosso grande escritor e dramaturgo. A pesquisa está em curso e já apresentarei na I Flipelô algumas notas a respeito da obra. Trata-se de uma obra bastante interessante, escrita e publicada 5 anos antes da Semana de Arte Moderna. Uma época de grande efervescência na cultura brasileira, que merece alguns destaques. Fá-los-ei!
Mas voltando ao ESCAMBO e ao Brasil, é em Gregório de Matos Gerra que me dedicarei mais, pois estarei na terra que ele tanto satirizou, amou e de lá foi para o degredo. Um barroco rico, uma poesia impecável, um BOCA DO INFERNO, no céu das trocas, dos pecados, da negociata, dos amores, da safadeza. Ó, triste Bahia, Ó Bahia maravilhosa. Estou voltando… Aí me deliciarei mais vezes, pois que sinto ser Salvador também o meu lugar!
Essa I FLIPELÔ vai ressuscitar mortos e enterrados!