Em 1992 conheci Jiddu Saldanha, um mímico, ator e poeta curitibano que desembarcou no Rio de Janeiro para a Eco 92.
Me foi apresentado por Samara, um poeta gaúcho artista gráfico que produzia o jornal/fanzine URBANA, uma espécie de vitrine para todos os poetas marginais e independentes da cena carioca.
Com o Jiddu, a amizade e a parceria se deu num lance de mágica, nosso diálogo nos primeiros anos até 1996 se dava através de cada edição do URBANA. Eis que fomos nos encontrar pela segunda vez, em Bento Gonçalves-RS para a 4ª Edição do Congresso Brasileiro de Poesia.
A partir daí as nossas produções começaram a se cruzar constantemente no 4ª Capa, evento que o Jiddu realizava no Centro Cultural da República, no Rio.
Em 2007, comprei uma Sony 5 megapixel numa feira de importados em Brasília, foi o bastante para começarmos nossas travessuras com o audiovisual. Nesta época Jiddu já moravam em Cabo Frio, e nossa primeira produção é este Tropicalirismo, editado sob o efeito de muitas doses de conhaque.
Oração Matinal
Papai do Céu – Por Ademir Assunção
perdoe a minha ignorância
mas o senhor pode me dizer
quem é essa Rita Von Hunty
que todo mundo está falando?
Não estou desprezando ninguém
mas é que não sei mesmo.
Eu sei quem é Torquato Neto
o poeta que escreveu:
“Só quero saber do que pode dar certo
não tenho tempo a perder”.
Amém
Lançamento
“2022 O Pau Brasil Sangra” (editora Bric XXI), é um livro de 110 páginas com 60 participantes. Destaques para um artigo inédito de Augusto de Campos e uma reportagem com os 10 livros mais importantes (e originais) para o Modernismo brasileiro na Semana de 22. Organizada por Luis Turiba.
Foto: Reprodução
Meu poema na BRIC XXI
Deus não joga dados
mas a gente lança
sem mesmo saber se alcança
o número que se quer
mas como m disse mallarmè
:
– a vida não é lance de dedos
A vida é lança de dardos
Deus não arde no fogo
mas eu ardo.
O Homem do Trator
A Biblioteca Municipal de Lagoa acolhe a apresentação do livro de poesia “O Homem do Trator”, de Ana Sofia Brito, pelas 19h30 do dia 16 de maio.
Será na Sala Polivalente, pelas mãos de David Roque e com momentos poético-musicais em projeção de João Caiano. A entrada é gratuita, sujeita à lotação de lugares.
Sinopse
Em “O Homem do Trator”, Ana Sofia Brito encontra-se nas situações do dia-a-dia, o que não consegue ignorar ou esquecer.
“São fragmentos de vidas que capturo e nos quais a minha imaginação permanece pairando agitada até à tentativa de tradução. É como se fossem momentos cujo esquecimento me deixaria mais pobre”, explica a autora.
Foto: Reprodução
A Arte Existe Porque A Vida Não Basta (Ferreira Gullar)
De Temer A Morte
Grafitemas ou figuralidades. Tenho alguns poemas começados mas não terminados – pois quero concluir depois que ler Carolina Rieger.
Coloquei isso na cabeça – a ideia da Carolina que não tem os olhos fundos nem guarda a dor de todo esse mundo nem tem os olhos tristes ainda insiste não sai da memória como estrela do mar grão de areia marisco mergulhados nas marés de alguns mistérios. Leia mais no blog.
Foto: Divulgação
O Poeta Enquanto Coisa
Dia 24 de Junho, às 19h, na Santa Paciência – Casa Criativa – Rua Barão de Miracema, 81 – Campos dos Goytacazes, lançamento do livro O Poeta Enquanto Coisa, com a estreia do Sarau Geleia Geral – Revirando A Tropicália.
Vamos Devorar 22, 100 Anos Depois, com performance de vários artistas convidados. Leia mais no blog.